![Cooperativa se antecipa e vai distribuir em dezembro R$ 185,8 milhões a associados](https://www.comprerural.com/wp-content/uploads/2024/11/WhatsApp-Image-2020-10-30-at-13.23.11-750x430.jpeg)
No setor de exportação, a cooperativa embarcou 4,34 milhões de toneladas de commodities e produtos alimentícios para 31 países, com faturamento de US$ 1,87 bilhão.
São Paulo, 11 – A Coamo Agroindustrial, maior cooperativa agrícola da América Latina, alcançou faturamento de R$ 28,82 bilhões em 2024. A cifra representou queda de 4,88% em relação ao recorde de R$ 30,3 bilhões, estabelecido em 2023. As sobras líquidas (como as cooperativas chamam o lucro líquido) recuaram 12,74%, de R$ 2,324 bilhões para R$ 2,028 bilhões.
Do montante, mais de R$ 694 milhões serão distribuídos aos mais de 32 mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, conforme a movimentação de cada um na cooperativa. Os números foram aprovados nesta terça-feira (11) em Assembleia Geral Ordinária, na sede em Campo Mourão (PR). “Apesar das dificuldades climáticas, foi um ano relativamente bom”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
No ano passado, a Coamo recebeu um total de 8,024 milhões de toneladas de produtos agrícolas, o equivalente a 133,731 milhões de sacas, representando 2,7% da produção brasileira de grãos e fibras, com uma capacidade de armazenamento de 6,264 milhões de toneladas de grãos (104,396 milhões de sacas). No setor de exportação, a cooperativa embarcou 4,34 milhões de toneladas de commodities e produtos alimentícios para 31 países, com faturamento de US$ 1,87 bilhão.
A Coamo investiu R$ 1,2 bilhão na ampliação e modernização de sua infraestrutura em 2024, incluindo a conclusão da indústria de rações e o início da construção de um novo entreposto em Campina da Lagoa (PR), além do lançamento de uma indústria de etanol de milho em Campo Mourão. O patrimônio líquido da Coamo atingiu R$ 11,99 bilhões, um crescimento de 13% em relação a 2023. O grau de endividamento foi de 38,46%.
Apesar do crescimento patrimonial, o ano foi desafiador devido ao clima adverso e à queda nos preços das commodities, reconheceu o presidente executivo da Coamo, Airton Galinari. “Se analisarmos a queda dos preços, podemos falar em uma redução próxima de 15%. No caso da safra, a perda ficou entre 15% e 20%. Isso, em tese, levaria a um faturamento bem menor. No entanto, entramos no ano com um estoque de passagem elevado e saímos dele com um volume reduzido”, disse.
Na visão de Gallasini, o alto volume dos estoques de passagem de 2023 para 2024 representou um desafio às operações logísticas. “Isso tornou o período especialmente difícil, exigindo grande esforço logístico para garantir o atendimento aos cooperados”, disse. “Mas graças a esse fator conseguimos manter um nível satisfatório de faturamento. Se compararmos com outras cooperativas que não tiveram essa condição, veremos que algumas registraram quedas mais expressivas”, acrescentou.