China libera importação de milho do Brasil em 2022, diz Abramilho
O Brasil poderá exportar milho para a China ainda neste ano, com produto originado na safra 2021/2022. A informação foi transmitida na sexta-feira (5/8), pelo Ministério da Agricultura, em reunião com representantes do setor produtivo, em Brasília (DF), de acordo com o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira.
O próprio ministro da Agricultura, Marcos Montes, disse mais de uma vez que a possibilidade de alteração do protocolo de exportação seria possível. Ao participar em eventos com representantes do agronegócio, em São Paulo (SP), ele afirmou que a demanda dos chineses por milho brasileiro seria imediata. Daí o avanço na discussão pelos corpos técnicos dos dois governos.
“É possível reajustar pela grande produção que nós tivemos. O que estamos discutindo é se a gente consegue exportar da safra atual. E eles querem, e querem imediatamente”, disse o ministro, ainda no final de julho, quando participou do Global Agribusiness Forum (GAF), na capital paulista.
No mesmo evento, o próprio Glauber Silveira, também em conversa com jornalistas, destacou que seria possível uma alteração do protocolo, embora, até aquele momento, considerasse mais provável que os embarques ficassem mesmo para o ano que vem.
Na sexta-feira (5/8), em conversa por telefone com a Globo Rural, ele reiterou que a alteração do protocolo era necessária porque as exigências da China envolviam a fiscalização dos produtos desde o plantio. Como a safra 2021/2022 está na fase final de colheita, não seria mais possível cumprir com todas as condições e as exportações ficariam só para a safra nova.
Segundo Silveira, no entanto, os chineses confirmaram ao governo brasileiro que, para este ano, abriram mão das diretrizes pré-colheita, permitindo o embarque do grão ainda neste ano. “A China quer deixar livre. Se precisar importar neste ano, importa”, disse. “E mandou um ofício ao Ministério dizendo que, para 2022, está liberado”, acrescentou, reiterando que o governo brasileiro precisa atestar para os chineses que o protocolo está sendo cumprido.
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