A informação é de executivos do frigorífico Minerva, que na terça-feira divulgou resultados impulsionados pela maior demanda chinesa.
As exportações e novas vendas de carne bovina para a China estão gradualmente voltando ao ritmo normal à medida que o país asiático trabalha para resolver problemas nos portos associados à epidemia de coronavírus.
A informação é de executivos do frigorífico Minerva, que na terça-feira divulgou resultados impulsionados pela maior demanda chinesa.
A empresa sediada em São Paulo exporta para a China a partir do Brasil, Argentina e Uruguai. Algumas cargas foram redirecionadas para outros mercados diante de problemas logísticos nos portos chineses, informou o presidente Fernando Galletti de Queiroz.
Milhares de contêineres com carne congelada de origem suína, bovina e de frango ficaram parados em alguns dos principais portos por causa da falta de mão de obra e de opções de transporte.
As entregas se acumularam em portos como Tianjin, Xangai e Ningbo devido à falta de caminhoneiros para pegar contêineres após as restrições de viagens impostas para controlar o coronavírus, segundo reportagem publicada pela Bloomberg esta semana.
Os atrasos também foram causados pela prorrogação dos feriados do Ano Novo Lunar.
As operações de descarregamento estão se normalizando gradualmente e o gargalo nos portos deve ser resolvido em um período de um mês a seis semanas, disse o CEO.
“Vemos sinais positivos de retomada, com os contêineres sendo retirados dos portos”, disse ele. “Os estoques foram totalmente consumidos após o feriado prolongado.”
- Sítio Pedrão e Sitío Campo Azul vencem Coffee of the Year Brasil2024
- Instabilidade no tempo marca os próximos dias no Estado
- Jeff Bezos investe R$ 44 milhões em vacina para reduzir metano do gado
- Abiove projeta produção recorde de soja em 2025
- Brangus repudia veto do Carrefour à carne do Mercosul
A Minerva espera repetir em 2020 os resultados positivos divulgados no quarto trimestre de 2019. Além do aumento das exportações para a China, o frigorífico pretende ocupar parte do espaço deixado pela Austrália na oferta de carne neste ano.
Os incêndios florestais devastadores devem derrubar as exportações de carne daquele país, que têm como principais clientes nações do Sudeste Asiático e do Oriente Médio.
No ano passado, a Minerva apresentou lucro líquido de R$ 16 milhões, revertendo prejuízo de R$ 1,26 bilhão no ano anterior. A receita líquida somou R$ 17 bilhões, um aumento de 6% na mesma comparação, enquanto o Ebitda ajustado subiu 13% para R$ 1,7 bilhão, um recorde para a companhia.
- Governo do Tocantins promove capacitação sobre bem-estar animal
- Como ter um Touro Nelore “pacote completo”
- Sertanejo de 75 anos que viajava 100 km/dia se forma em zootecnia: ‘Sonho’
- Cavalo Percheron com mais 1000 kg conquista o público na Expointer
- Conab negocia com o governo novo concurso para efetivos
A tendência é que frigoríficos da América do Sul recebam mais habilitações para exportação, de acordo com o CEO da Minerva, Fernando Galletti. Em teleconferência com investidores e analistas, ele destacou a queda de produção esperada para a Austrália este ano. “Com o gap deixado pela Austrália, há tendência a novas habilitações para América do Sul. O Brasil está perto de abrir o mercado dos Estados Unidos e a Argentina está perto de abrir o Japão”, disse.
Outra tendência, de acordo com o executivo, é a redução dos impostos de importação de carne para países da América do Sul. “Vários governos estão tentando reduzir preços, e uma das formas de reduzir esses preços seria reduzir os impostos de importação para carne da América do Sul, ou então igualar esses impostos com os de outras regiões produtoras.”
Com informações do Money Times e do Broadcast Agro.