As autoridades chinesas detectaram covid-19 em carne de porco importada do Brasil; Não é a primeira vez que as autoridades chinesas detectam traços do vírus em carne brasileira.
As autoridades da província de Wendeng determinaram que todas as pessoas que tiveram contato com a carne suína devem informar o governo.
Não é a primeira vez que as autoridades chinesas detectam traços do vírus em carne brasileira. Em agosto, um lote de asas de frango exportado pela catarinense Aurora testou positivo.
Na ocasião, a detecção do vírus também foi associada à embalagem. A unidade da Aurora em Xaxim (SC), que produziu a carne de frango, teve as exportações à China suspensas, apesar da falta de evidências de que os alimentos transmitam a doença.
No caso da embalagem de carne suína que teria sido detectada em Shandong, ainda não há informações sobre o nome do frigorífico brasileiro que a produziu.
Para a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a contaminação pode ter ocorrido em uma das etapas do transporte do produto ao país asiático.
Em nota, a entidade sustentou que os indícios apontam que a contaminação não ocorreu no frigorífico que produziu a carne.
A ABPA ainda não tem todos os detalhes do caso ocorrido na China, mas está atuando junto ao governo brasileiro para auxiliar com informações.
A entidade lembrou, ainda, que não há evidências de contaminação por covid-19 a partir do consumo de alimentos.
Abaixo, a nota da ABPA na íntegra:
“A Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA está em contato com as autoridades brasileiras para apoiar o levantamento de informações sobre a ocorrência no distrito de Wendeng, na cidade de Weihai (China), divulgada pelas autoridades locais.
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As informações divulgadas até aqui destacam que os traços de Covid-19 eventualmente encontrados estavam na embalagem de produto, o que indica que a contaminação deve ter ocorrido fora da unidade produtora – por exemplo, em uma das várias etapas de transporte até a chegada ao destino.
A ABPA lembra que não há evidências científicas de que a carne seja transmissora do vírus, conforme ressaltam a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)”.
Fonte: Valor Econômico.