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Controle biológico ajuda evitar mortes de animais por carrapatos no RS; O carrapato bovino é responsável por matar cerca de 10 mil animais por ano no estado.
O carrapato no rebanho bovino é responsável por matar cerca de 10 mil animais por ano no Rio Grande do Sul. No entanto, de acordo com a secretaria de agricultura do estado, o controle biológico de pragas pode reduzir o número de mortes no rebanho.
Segundo o José Reck, médico veterinário da secretaria de agricultura do Rio Grande do Sul, o carrapato bovino tem sido um grande desafio para o produtor rural e o controle dessa praga tem sido cada vez mais difícil, uma vez que ele é feito essencialmente a base de produtos químicos.
“Temos atuado ao lado de empresas para desenvolver o controle biológico. Utilizar um inimigo natural, nesse caso, um microrganismo que matam só o carrapato, sem a necessidade e se utilizar os produtos químicos e ainda minimizando custos”, destaca.
O especialista, ressalta, ainda, que o Brasil é um dos países que mais avança em pesquisas sobre o controle biológico de carrapatos. Mas, a oferta de produtos desse tipo ainda está se consolidando no mercado, o que pode dificultar o acesso aos produtores.
Carrapato de boi em bovinos O que é, o que causa e como evitar?
A infestação do rebanho pelo carrapato do boi, ou carrapato de boi como normalmente esse parasita é conhecido, é uma das maiores preocupações que todo pecuarista tem.
Seu nome científico é Rhipicephalus (Boophilus) microplus e ele pode ser encontrado em propriedades de todo o Brasil, com maior prevalência na região Sudeste e Centro-Oeste.
Você sabia que a infestação por carrapato do boi pode trazer grandes prejuízos econômicos ao produtor?
Nesse texto você vai ver os danos causados ao animal pelo carrapato do boi, quais são os prejuízos e os métodos de tratamento!
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Os danos causados aos animais infestados com carrapato
A infestação pelo carrapato do boi causa grandes danos aos animais, como por exemplo lesões na pele, que podem ser “porta de entrada” para infecções e miíases (bicheira), perda de peso, prostração, anemia, queda na produção do leite, e pode levar o animal a morte.
A maioria das pessoas acha que o carrapato é maléfico só pelo o que ele tira do animal com a extração de sangue, mas na verdade esse é ‘o menor’ dos problemas. O carrapato, na hora da picada, pode transmitir muitas efermidades, quando contaminado. Um exemplo bem comum é a Tristeza Parasitária Bovina, um complexo de doenças que acomete os bovinos.
Prejuízos econômicos causados pelo carrapato do boi
Estima-se que o carrapato do boi gera um prejuízo em torno de 10 bilhões de reais por ano para a cadeia produtiva bovina do Brasil.
E desde pequenas propriedades até os maiores produtores de leite do país estão sujeitos a sofrerem com os seguintes prejuízos quando expostos ao parasita:
- Redução da produção de leite;
- Descarte do leite por presença de resíduos de produtos químicos usados no tratamento;
- Gastos com o tratamento;
- Redução da natalidade;
- Morte dos animais infestados.
Como tratar e prevenir o carrapato de boi?
Existem dois métodos de controle do carrapato-do-boi, e a aplicabilidade desses métodos depende de alguns fatores. Esses são:
Controle estratégico:
Chamado também de “controle racional”, é aplicado com o objetivo de diminuir a população de carrapatos tanto nos animais quanto nas pastagens. Deve ser executado entre o final do período de seca e início do período chuvoso. Além de tratar, esse método previne futuras infestações.
Esse controle consiste em 5 a 6 banhos carrapaticidas nos animais com intervalo de 21 dias entre eles, ou conforme indicado na bula do produto.
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Controle tático:
Esse método não segue um cronograma, e pode ser utilizado durante o controle estratégico.
É indicado para aqueles animais visualmente infestados, animais de “sangue doce” (mais suscetíveis à carrapatos) e recém-adquiridos na propriedade, sendo que esses devem passar pelo controle tático antes de serem inseridos no rebanho.
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7 Dicas práticas de segurança e para deixar seu rebanho livre do carrapato do boi
- É indispensável o uso de equipamentos de proteção durante a aplicação dos carrapaticidas;
- Aplicar os medicamentos com o animal contido, no sentido contrário dos pelos e com pressão adequada;
- Evitar a aplicação dos carrapaticidas em dias de chuva e sob sol forte, a fim de evitar intoxicação nos animais;
- Separar os animais por lotes, respeitando o protocolo recomendado para as especificações de cada lote;
- Evitar que espécies diferentes pastejem na mesma área;
- Não iniciar o tratamento sem a prescrição e acompanhamento de um médico veterinário.
- É muito importante no controle estratégico que o intervalo entre os banhos seja fielmente respeitado, garantindo assim a eficácia do tratamento.
Compre Rural com informações do Canal Rural e Prodap