A forrageira pode ser cultivada em solos arenosos, mistos e argilosos, devidamente corrigidos e adubados, não suportando apenas terrenos encharcados e ambientes sombreados.
O tifton, gramínea do gênero Cynodon, foi desenvolvido com o objetivo de obtenção de alta produtividade e qualidade forrageira, sendo uma ótima opção para pastejo e também para produção de feno. Pode ser plantado tanto em regiões frias, quanto quentes, de clima subtropical e tropical.
A forrageira pode ser cultivada em solos arenosos, mistos e argilosos, devidamente corrigidos e adubados, não suportando apenas terrenos encharcados e ambientes sombreados.
Por não produzir sementes viáveis, o tifton é cultivado por meio de estruturas vegetativas, os estolões. As maneiras mais comuns de implantação da gramínea são em sulcos, em covas ou a lanço.
Recomenda-se realizar o plantio durante o período das águas (outubro a janeiro). O plantio em outras épocas é recomendado apenas em áreas irrigadas, em virtude das mudas serem muito sensíveis à falta de água e desidratarem facilmente.
Acompanhe abaixo as etapas que englobam o plantio do tifton:
Plantio do Tifton
1. Escolha da área para cultivo
2. Análise química do solo
3. Correção do solo: se necessário, efetue as correções do solo – calagem, gessagem, potassagem, fosfatagem, além da adubação com outros macro e micronutrientes.
4. Preparação do solo para plantio: subsolagem, aração e gradagem. Essas operações servem para descompactar, destorroar e nivelar a área, melhorando assim as condições físicas do solo. Além disso, servem para diminuir a presença de plantas invasoras no momento da implantação da cultura.
5. Abertura dos sulcos de plantio: os sulcos de plantio podem ser abertos com o auxilio de uma enxada (pequenas áreas) ou com trator e um equipamento apropriado para abertura de sulcos. Recomenda-se que os sulcos fiquem espaçados de 0,5 a 1,0 metros, com profundidade de 10 a 15 cm.
6. Corte das mudas: as mudas de tifton, ou estolões, podem ser cortadas manualmente com uma enxada, ou com um equipamento acoplado ao trator (ceifadeira). Sempre que possível, deve-se cortar as mudas no dia do plantio. Se for necessário armazená-las, elas devem ficar sob a sombra e serem molhadas diariamente.
As mudas destinadas à formação de pastagens devem estar maduras e vigorosas, com cerca de 100 dias de idade, originadas de áreas livres de pragas, doenças e ervas.
Uma boa muda de tifton deve possuir raízes, colmos/estolões vigorosos e uma grande quantidade de gemas (Seghese, 2009). Mudas jovens, pequenas e tenras não devem ser utilizadas porque desidratam facilmente no sulco de plantio. (Moreira, 2003).
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7. Distribuição das mudas: as mudas devem ser distribuídas de maneira uniforme na área de plantio. De acordo com Seghese (2009), são necessários de 4 a 5 t/ha, 3 t/ha e 2,5 t/ha de mudas, para o plantio a lanço, em covas e sulcos, respectivamente.
8. Cobertura das mudas: deve-se enterrar cerca de dois terços da muda (enterrio parcial), deixando o terço apical sem cobrir. Esta etapa pode ser realizada manualmente com o auxílio de uma enxada ou com uma grade niveladora semiaberta. As folhas e colmos que ficam para fora do solo são capazes de realizar uma pequena taxa de fotossíntese, ajudando no desenvolvimento das gemas que darão origem às novas raízes.
9. Compactação leve do solo: Esta etapa pode ser realizada com um rolo compactador ou pelo pisoteio (quando o plantio for realizado em uma área pequena), sendo importante para aumentar o contato da muda, mais especificamente das gemas que irão originar as raízes, com solo.
Observações finais
Quando em condições adequadas de umidade e temperatura, após cerca de 90 a 120 dias, a pastagem deve estar cobrindo cerca de 70% da área.
Neste momento, deve-se fazer o primeiro pastejo da área, passando com animais leves (ex: bezerras, novilhas), deixando que eles consumam cerca de 30% da forrageira disponível. Esta operação é importante para estimular a brotação e enraizamento do tifton.
Fonte: Rehagro Blog
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