Para deter o aquecimento global e as mudanças climáticas, o governo irlandês quer abater o maior volume de gado possível – cerca de 200.000 vacas. Uma verdadeira contradição dos ambientalistas e veganos!
Em um movimento “descabido”, de forma totalmente errônea e sem conhecimento científico, a Europa segue na sua “corrida do marketing político” na busca de alcançar as metas para atingir a agenda climática. Para atingir essas metas climáticas, a ideia é que pequenos e médios produtores de gado de corte e leite, suínos e aves se voluntariem para ter suas propriedades fechada. Os pecuaristas holandeses terão até 2028 para aderirem ao programa do governo que pretende estatizar fazendas. A proposta faz parte do Acordo Verde Europeu e foi aprovada no início de maio.
Ministério da Agricultura tem um plano, segundo o governo da República da Irlanda para que os agricultores abatam um total de 200.000 vacas em 3 anos para reduzir as emissões e atender à Agenda 2030. Medida vem de uma pressão por parte de uma verdadeira contradição dos ambientalistas e veganos!
Depois da informação de que o governo irlandês aderiu às providências que estão implementadas pelo governo holandês, o mundo do agronegócio está completamente em choque com as notícias e acordos que vem sendo feitos. Quando olhamos detalhadamente as propostas, percebemos uma grande ignorância em relação a busca pela a sobrevivência da humanidade na superfície do planeta que tem sido alimentada por discursos sem embasamento. Tais medidas, sem sombra de dúvidas, vão levar ao crescimento da fome e uma “mortalidade” da classe mais pobre.
Os números do plano, segundo o relatório vazado, alertam que são necessárias medidas “radicais e rígidas” para que o setor agrícola alcance as metas de emissões que o governo aderiu para 2025 e 2030.
O relatório, que tem a assinatura do ministro da Agricultura, Charlie McConalogue, garante que nos próximos três anos devem ser abatidas 65 mil vacas por ano, o que custaria ao setor cerca de 200 milhões de euros por ano. O abate de 200 mil vacas significaria reduzir em 10% o número de vacas leiteiras no país e em 25% o número de vacas utilizadas na produção de carne. Isso levaria a uma redução acentuada na oferta e, portanto, a um aumento acentuado no preço do leite e da carne bovina.
Em um artigo de Ethan Huff, publicado em 11 de agosto 2022 pelo site NATURAL NEWS, sob o título “Guerra global contra a CARNE: agora a Irlanda está abatendo vacas para combater a “mudança climática”. Segundo ele, “para deter o aquecimento global e as mudanças climáticas, o governo irlandês quer que o maior número possível de gado seja abatido. Segundo o Departamento de Agricultura do país, cada 10.000 vacas mortas significam uma redução de 45.000 toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. O CO2 é um componente necessário da planta e de outras formas de vida, é claro. Mas para os globalistas, é uma toxina maligna muito parecida com o fertilizante de nitrogênio, que o governo holandês classificou como ‘poluente’.
“O grupo de laticínios irlandeses Food Vision Dairy Group está pedindo ao governo daquele país que compense os fazendeiros por cada vaca que matarem. Em troca de ‘reduzir diretamente a atividade agrícola’, o Food Vision Dairy Group quer grandes infusões de dinheiro – porque aparentemente todos nós vamos comer dinheiro assim que o suprimento de alimentos for banido em nome de ‘salvar o planeta, já que o dinheiro será a única coisa que sobrará para consumir. De acordo com o The Scottish Farmer, outras medidas propostas incluem um mecanismo de comércio de emissões em fazendas, muito parecido com créditos de carbono corporativos que podem ser comprados e vendidos em seu próprio mercado“, aponta ainda o artigo de Huff.
“É essencial reconhecer que a agricultura desempenha um papel vital não apenas na prevenção da escassez global de alimentos, mas também na manutenção dos meios de subsistência e das economias. Na Irlanda, a agricultura tem sido uma força motriz para a economia, auxiliada por investimentos multinacionais na indústria do país. Marcas irlandesas de carne bovina e laticínios, como Kerrygold e Pilgrims Choice, alcançaram um sucesso notável como exportações. No entanto, as vacas agora se tornaram um símbolo da manipulação política e da ganância por trás de uma ‘crise climática’ fabricada”, aponta Huff, mostrando grande descontentamento e falta de conhecimento científico por parte do Governo da Irlanda.
Modelo irlandês quer acabar com a agropecuária no país
Tim Cullinane, presidente da Associação Irlandesa de Agricultores, disse ao jornal Beat que se o Ministério da Agricultura continuasse com este plano, isso causaria uma quebra de confiança entre o governo e os agricultores, e haveria manifestações em todo o país. “Tudo isso está alimentando a ideia de que o governo continua trabalhando nos bastidores para minar todos os nossos setores de laticínios e pecuária”, disse ele em outra entrevista ao Newstalk.
Entre os documentos do Governo irlandês estão outros documentos que propõem o abate de centenas de milhares de frangos, galinhas e outros tipos de animais. No total, se esse plano fosse implementado, reduziria o número de animais utilizados na produção de alimentos nos próximos três anos em 740.000 cabeças.
Essa ideia da Holanda pode ‘virar moda’ e ser copiada por outros países no mundo? Como fica o Brasil diante desse contexto?
Segundo a a análise do coordenador do laboratório de bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Vargas, sobre o tema, “se nós déssemos um passo para trás, há 10, 15 anos e imaginássemos que alguém diria que aconteceria na Europa, especialmente na Holanda, o Vale do Silício da produção de alimentos, uma proposta de ‘socialização’ da propriedade para desapropriar pessoas que produzem com alta tecnologia e intensidade de produção, as pessoas imaginariam que isso era um filme de ficção científica ou uma comédia. Hoje está se tornando realidade“.
“Por um lado há preocupação porque nós sabemos que o Brasil é sim uma espécie de copiador da moda internacional, tem sido assim ao longo dos últimos anos na agenda ambiental. A gente importa padrões, a gente importa conceitos e a gente importa alvos sem reconhecer as particularidades e os méritos da nossa produção. Então por um lado isso me preocupa muito porque eu não duvidaria que tendências análogas chegassem ao Brasil ou a outros países. E é por isso que eu creio que é muito importante que o país, que as lideranças brasileiras, que a ciência brasileira se mobilize para mostrar as particularidades da nossa realidade. Agora, há um segundo elemento dessa história. Eu creio que a maneira como cada país conduzirá a sua transição deve ser uma decisão soberana de cada país segundo as suas realidades. Se os holandeses, que me perdoem, se eles querem seguir nessa direção, muito boa sorte para eles, eu acho que o Brasil não deve seguir essa tendência. Nós temos uma outra realidade, temos outros problemas e temos um agro com a capacidade produtiva de sustentabilidade que é hoje incomparável no planeta”.
O setor agrícola da Irlanda foi diretamente responsável por 38% das emissões nacionais de gases de efeito estufa (GEE) em 2021, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental.
O país tem cerca de 2,5 milhões de vacas leiteiras e de corte, de acordo com a Pesquisa Pecuária Irlandesa de junho publicada pelo Conselho de Desenvolvimento de Agricultura e Horticultura. Juntos, a carne bovina e os laticínios respondem por cerca de dois terços da produção agrícola do país, com cerca de 90% da produção exportada.
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