Brasil foi escolhido para realizar exportação de material genético de raças zebuínas, marcadas pela rusticidade e eficiência alimentar
A genética bovina de raças zebuínas está fazendo a diferença mundo afora, oferecendo a produtores das regiões tropicais animais mais resistentes a doenças e condições climáticas, além de eficientes e produtivos. Recentemente, a Zâmbia, país localizado no centro-sul da África, recebeu pela primeira vez a importação de sêmen zebuíno brasileiro, abrindo precedentes para uma nova era do melhoramento genético na região.
O material genético, que inclui sêmen de diversas raças, como Brahman, Gir Leiteiro, Nelore e Girolando, foi enviado pela ABS, empresa líder do setor de genética bovina no Brasil e com presença em mais de 70 países em todo o mundo.
Dessa forma, a ABS torna-se a primeira empresa a fazer uma exportação deste tipo, abrindo precedentes para novos desenvolvimentos da pecuária zambiana.
Com seu clima seco e árido, a Zâmbia possui uma pecuária baseada na criação de raças europeias, que não conseguem se adaptar perfeitamente a essas condições. Dessa forma, o país buscou formas de adquirir genética zebuína, e escolheu o Brasil – maior exportador de carne bovina do mundo, e país de absoluta referência na pecuária zebuína.
“A genética brasileira foi escolhida porque os pecuaristas zambianos sabem que o nosso país compartilha o mesmo clima em algumas regiões, onde o gado Zebu é muito utilizado. Além do clima, eles também estão buscando animais que consigam resistir a algumas enfermidades às quais os brasileiros já estão acostumados – como carrapatos, vermes e outros”, comenta o Coordenador de Comércio Exterior da ABS, Rodrigo Moraes.
De acordo com Moraes, a bateria de touros da ABS é a solução perfeita para atender às necessidades do produtor de leite e carne na Zâmbia, já que a rusticidade zebuína está em evidência nesses animais, além de outras características que garantem o progresso genético para incrementos de produtividade, eficiência e lucratividade.
“Trata-se de touros com grande capacidade de conversão alimentar – ou seja, são animais que ganham mais peso com menos alimento, o que também irá contribuir muito para pecuária zambiana”, diz.
Ainda conforme Rodrigo, este envio de genética foi apenas o início de uma parceria que dará muitos motivos de comemoração para todos os envolvidos.
“Este foi o primeiro ciclo e já temos mais exportações programadas para o início do próximo ano”, revela o coordenador.
A exportação demonstra o potencial da genética bovina utilizada na região da América Latina e a sua capacidade para produzir animais que contribuem para o crescimento das cadeias produtivas do leite e da carne.