Para substituir as vendas americanas do grão ao país asiático, o Brasil teria de elevar suas exportações de soja em 60%, segundo o secretário de Comércio americano
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, afirmou nesta segunda-feira (14) que o Brasil teria de elevar suas exportações de soja à China em 60% para substituir as vendas americanas desse grão ao país asiático. “Mas, se o Brasil pudesse embarcar (adicionalmente) tanto assim a preços competitivos, eles já estariam fazendo isso”, acrescentou.
O cenário hipotético foi desenhado por Ross em um discurso ao Clube Nacional da Imprensa, em Washington, para explicar a dependência da China de importações de produtos agrícolas e como, em sua avaliação, retaliações de Pequim às tarifações americanas “impactariam negativamente” a própria economia chinesa.
Ele comentou em sua explanação que o Brasil não está retendo exportações de soja “só para ajudar os Estados Unidos”. “O Brasil também tem problemas com o clima e as redes de transporte, o que limita a sua capacidade de exportar materialmente mais do que já exporta”, pontuou o secretário.
Ross disse ainda que, “para suprir a demanda adicional chinesa” que poderia surgir se o país asiático retaliasse as tarifas dos EUA, o Brasil teria de redirecionar para a China parte da soja que hoje é vendida a outros países.
“Se eles (o Brasil) fizessem isso, o mercado que eles abasteciam anteriormente estaria agora aberto a produtores dos EUA”, completou.
POR ESTADÃO CONTEÚDO