
Demanda crescente por carne e leite impulsiona o número de vacas, refletindo a relevância global da pecuária. Nesse cenário, o Brasil lidera maior rebanho mundial de bovinos em 2024.
A pecuária é um dos pilares fundamentais da economia global e da segurança alimentar. Em 2024, o maior rebanho mundial de bovinos alcançou aproximadamente 1,5 bilhão de cabeças, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Este número reflete não apenas a importância econômica do gado, mas também seu papel cultural, social e ecológico em diversos países.
As vacas desempenham múltiplas funções na sociedade: fornecem carne e leite, tração para o trabalho no campo, além de serem consideradas símbolos de riqueza em algumas culturas. O estudo do rebanho mundial de bovinos de gado ao redor do mundo não só revela a importância da pecuária, mas também expõe os desafios de gestão sustentável diante da pressão para atender à crescente demanda por produtos de origem animal.
Brasil: líder global em número de bovinos
O Brasil é, de longe, o país com a maior rebanho mundial de bovinos, totalizando cerca de 234 milhões de cabeças de gado. Esse número impressionante é sustentado por uma série de fatores que tornam o país um gigante da pecuária.
- Extensas áreas de pastagem: O Brasil possui cerca de 170 milhões de hectares de pastagens, que oferecem espaço e recursos para a criação de gado em larga escala.
- Clima favorável: O clima tropical e subtropical, com chuvas regulares em grande parte do território, é ideal para o crescimento das pastagens naturais.
- Robusta infraestrutura para exportação: O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, abastecendo mercados exigentes como China, Estados Unidos e União Europeia.
- Incentivos governamentais: Políticas públicas voltadas para o setor agropecuário, como financiamento rural e apoio técnico, têm fortalecido a posição do Brasil no cenário global.
Além disso, a pecuária brasileira é caracterizada por modelos diversificados de produção, que incluem sistemas intensivos, semi-intensivos e extensivos, além do avanço no uso de tecnologias como confinamentos e cruzamentos genéticos para melhorar a produtividade.
Índia: tradição cultural e potência em laticínios
A Índia ocupa o segundo lugar no ranking global, com cerca de 194 milhões de vacas. A relação da Índia com o gado vai além da produção econômica. Na cultura hindu, as vacas são consideradas sagradas, o que resulta em um tratamento especial e no uso não comercial em muitos casos.
Entretanto, a Índia é o maior produtor mundial de leite, com a maior parte de seu volume de gado voltada para a indústria de laticínios. Fatores que contribuem para o elevado efetivo bovino na Índia incluem:
- Pequenas propriedades rurais onde o gado é usado como tração e fonte de leite.
- Programas governamentais que incentivam a produção de laticínios para melhorar a nutrição e a renda em áreas rurais.
- Diversidade genética do gado indiano, adaptado a diferentes climas e condições.
Estados Unidos: eficiência tecnológica e alta produtividade
Os Estados Unidos, com 92 milhões de cabeças de gado, destacam-se pela tecnologia de ponta e sistemas produtivos altamente eficientes. O setor pecuário americano é um dos mais avançados do mundo, com práticas que maximizam a produção e a qualidade dos produtos.
Nos EUA, a indústria bovina é dividida em dois grandes segmentos:
- Produção de carne: Fazendas especializadas em gado de corte, que utilizam confinamentos (feedlots) para engordar os animais rapidamente antes do abate.
- Produção de laticínios: Uma indústria separada e igualmente sofisticada, que utiliza raças leiteiras de alta produtividade, como a Holandesa.
O sucesso americano na pecuária se deve a fatores como:
- Cruzamentos genéticos e melhoramento animal.
- Manejo alimentar baseado em nutrição de precisão.
- Investimentos em pesquisa e desenvolvimento para aumentar a eficiência e reduzir impactos ambientais.
Outros países no “Top 10 maior rebanho mundial de bovinos em 2024”: diversidade de sistemas produtivos
A seguir, os países que completam o ranking dos maiores rebanhos mundial de bovinos:
- Etiópia (68 milhões): O gado é essencial para a agricultura familiar e subsistência em áreas rurais.
- China (61 milhões): A crescente demanda por carne e laticínios tem levado a um aumento significativo na criação de gado.
- Argentina (54 milhões): Famosa pela carne de alta qualidade, a pecuária argentina é voltada para exportação e consumo interno.
- Paquistão (53 milhões): Gado utilizado tanto na produção de leite quanto no trabalho agrícola.
- México e Chade (36 milhões cada): Pecuária diversificada, com forte influência cultural e econômica.
- Sudão (32 milhões): Importância do gado como fonte de renda e alimentação em áreas rurais.
Volume de bovinos per capita: uma visão diferente
Embora o Brasil lidere em números absolutos, o Uruguai se destaca em termos de número de bovino per capita, com impressionantes 3,5 vacas por habitante. Outros países como Nova Zelândia (2,5) e Argentina (1,2) também mostram como a pecuária desempenha um papel desproporcionalmente significativo em suas economias.
Crescimento histórico e desafios futuros para o rebanho de bovinos
Desde 1961, o número global de bovinos aumentou de 942 milhões para 1,55 bilhão em 2022, acompanhando o crescimento populacional e a demanda por produtos derivados do gado. Porém, este crescimento traz desafios importantes:
- Impactos ambientais, como emissões de gases de efeito estufa.
- Concorrência por terras agrícolas entre pastagens e culturas alimentares.
- Necessidade de práticas mais sustentáveis e eficientes, que reduzam o impacto ambiental sem comprometer a produtividade.
O panorama global da pecuária em 2024 reflete tanto a importância econômica quanto os desafios de gestão sustentável. Países líderes como Brasil, Índia e Estados Unidos mostram diferentes abordagens para atender às demandas crescentes, enquanto lidam com questões ambientais e sociais.
À medida que a pressão por práticas agrícolas sustentáveis aumenta, o setor pecuário será desafiado a inovar e se adaptar, garantindo que o volume global de gado continue desempenhando um papel essencial na economia e na segurança alimentar mundial.
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