Setor da fruticultura celebra a iniciativa, que promete ainda cortar os custos com frete em até 30%
Uma nova ligação marítima direta entre o Brasil e a China acaba de ser estabelecida, conectando os portos de Salvador, na Bahia, e Santana, no Amapá, ao porto de Gaolan, no sul chinês. Trata-se da primeira rota sem paradas intermediárias entre os dois países, uma mudança significativa para o comércio exterior brasileiro, especialmente para o agronegócio.
Essa via direta é apontada como uma peça-chave para fortalecer economicamente áreas estratégicas do país, como o Norte e o Nordeste, que até então enfrentavam maiores dificuldades logísticas para alcançar mercados asiáticos. A expectativa é de que o tempo total de transporte seja reduzido drasticamente, em até um mês, enquanto os custos operacionais podem cair em torno de 30%.
Durante o evento oficial que marcou o início das operações da nova rota, realizado em Brasília nesta terça-feira (15), parlamentares e autoridades ligadas ao comércio internacional celebraram a iniciativa como uma mudança de paradigma na logística brasileira.
Entre os setores mais favorecidos estão os exportadores de soja, carne bovina, celulose e, especialmente, frutas frescas – itens cuja validade e qualidade dependem diretamente da agilidade no transporte. Para Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas, essa nova alternativa representa um marco histórico.
“É uma oportunidade incrível para a fruticultura nacional. A China já consome nossos melões e uvas, e agora temos como entregar esses produtos com mais rapidez e eficiência. Estaremos no país asiático em maio com uma comitiva de mais de 40 exportadores, e essa rota consolida nossa capacidade de atender à demanda chinesa com excelência”, destacou.
A nova conexão marítima não só amplia o alcance internacional dos produtos brasileiros, mas também aproxima o Brasil das cadeias globais de abastecimento, com benefícios logísticos tanto para exportadores quanto para importadores. Com rotas mais curtas, a competitividade do produto brasileiro tende a aumentar, abrindo novas oportunidades de negócios e parcerias comerciais no mercado asiático.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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