
“Sinuca de bico”, frigoríficos pagam mais pela arroba para tentar garantir a escala de abate; Exportações e mercado interno garantem boa margem para alta da arroba!
Nesta terça-feira, os frigoríficos brasileiros se posicionaram mais ativos nas compras de gado, elevando os valores oferecidos para conseguir preencher as escalas de abate desta semana, informa a consultoria IHS Markit. O movimento altista é sustentado pelo “apagão” de oferta de animais, tanto os terminados a pasto quanto os provindos dos confinamentos.
“Com a baixa disponibilidade de matéria prima e o aumento da procura, as cotações da arroba novamente registraram altas e seguem em patamares recordes para o período em diversas praças no País”, destaca a IHS.
Além do avanço nas vendas no mercado doméstico, o resultado das exportações de carne bovina “in natura” durante o mês de julho confirmou as expectativas e atingiu o maior valor já embarcado no mês, totalizando 169,24 mil toneladas durante os 23 dias úteis. Os dados, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), representam um aumento de 11% com relação ao mês anterior e de 27% com relação ao mesmo período no ano passado
Agrobrazil
O fechamento do indicador do Cepea fechou com queda, valendo R$ 226,85/@. No app da Agrobrazil, a média pra a praça de São Paulo ficou em R$ 226,75/@, com preços variando de R$ 226 a R$ 230.
Pecuaristas informaram negócios em Sonora/MS, no valor de R$ 224/@ com prazo de 30 dias para pagamento e abate para o dia 12 de agosto. Já em Alfenas/MG, também com padrão China, o valor informado foi de R$ 227/@, à vista e abate para o dia 10 de agosto.
Os preços seguem subindo e pecuarista pressionando a ponta compradora. Em um momento de maior demanda, principalmente para exportação, a boiada segue pressionada.
Giro pelas praças
Em São Paulo, o boi gordo segue sustentado em patamar elevado, negociado a R$ 229/@, a prazo, de acordo com dados da IHS Markit.
No Mato Grosso do Sul, a cotação da fêmea subiu nesta terça-feira. Os pecuaristas do Estado adotam uma estratégia de retenção da boiada, alegando dificuldades para fazer a reposição dos plantéis, já que os custos com o gado magro também estão valorizados, informa a IHS.
No Mato Grosso, os negócios no mercado físico ficaram concentrados em animais que atendem aos requisitos internacionais e foram efetuados a valores mais altos que as máximas anteriores.
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Em Mina Gerais, os preços do boi também subiram hoje. Frigoríficos exportadores do Estado são os mais ativos no mercado e conseguem garantir valores elevados em função da desvalorização do real frente ao dólar.
No Pará, em meio a escassez do animal terminado, alguns frigoríficos pesquisados pela consultoria IHS Markit reduziram o ritmo dos abates diários, tentando recalcular suas margens entre o preço de venda das carnes e os patamares altos de preços pagos pelos animais. Apesar dessa estratégia, novos lotes só conseguem ser adquiridos no Estado mediante elevação dos valores oferecidos, relata a consultoria.
Com informações do Portal DBO, Agrobrazil e Agências