
Enquanto as escalas de abate apresentam avanços, o impacto da demanda por carne na primeira quinzena de fevereiro e a postura dos frigoríficos ainda geram incertezas sobre o futuro das cotações.
O mercado do boi gordo iniciou a semana sem um direcionamento claro, refletindo um cenário de preços estáveis ou em leve queda, a depender da região. Enquanto as escalas de abate apresentam avanços, o impacto da demanda por carne na primeira quinzena de fevereiro e a postura dos frigoríficos ainda geram incertezas sobre o futuro das cotações.
Já segundo a Agrifatto, “pelo quarto dia seguido, as 17 praças pecuárias acompanhadas não registraram alterações nas cotações.” A média nacional se em R$ 300,95/@ .
Cotações da arroba do boi gordo
Acompanhe os valores médios da arroba do boi gordo nas principais praças pecuárias, conforme levantamento da Safras & Mercado:
- São Paulo: R$ 325,25 (@ a prazo) – queda em relação aos R$ 329,10 registrados na última sexta-feira.
- Goiás: R$ 303,57 (@ a prazo) – recuo frente aos R$ 306,25 da semana passada.
- Minas Gerais: R$ 313,53 (@ a prazo) – leve retração em relação aos R$ 314,71 anteriores.
- Mato Grosso do Sul: R$ 312,95 (@ a prazo) – estável.
- Mato Grosso: R$ 320,74 (@ a prazo) – redução ante os R$ 322,42 registrados no último dia 7 .
No mercado futuro, conforme apontado pela Agrifatto, os contratos do boi gordo também operam sob pressão baixista, com os vencimentos de fevereiro e março na B3 registrando quedas para R$ 319,45/@ e R$ 318,25/@, respectivamente.
O que está influenciando o mercado?
1. Estoques elevados de carne bovina:
- • De acordo com a Agrifatto, “alguns frigoríficos podem começar a testar o mercado físico oferecendo preços de balcão ligeiramente inferiores aos das últimas semanas.”
- • O cenário se deve ao fato de que as indústrias frigoríficas e o setor atacadista ainda trabalham com estoques relativamente altos, reduzindo a necessidade de compras urgentes e impactando a formação de preços .
2. Maior oferta de fêmeas no mercado:
- • A consultoria alerta que o volume de vacas de descarte disponível para abate tem pressionado os valores pagos pelo boi gordo.
- • “Além disso, é preciso acompanhar de perto o movimento de abate de fêmeas, um reflexo do processo natural de descarte após o fim da estação de monta, além da maior preferência de alguns dos frigoríficos pela compra de lotes desta categoria, geralmente negociados a preços inferiores aos dos machos”, destaca a Agrifatto .
3. Expectativa de consumo interno:
- • A entrada dos salários na conta dos trabalhadores pode ativar a demanda por carne bovina no mercado doméstico nos próximos dias.
- • Segundo a Agrifatto, “o pagamento dos salários de janeiro impulsionou o mercado de carne bovina de forma abrangente. No fim de semana, as vendas foram positivas em supermercados, mercados de bairro e açougues, tanto na capital paulista quanto no interior do Estado e também na região nordeste do País.”
- • O aumento da demanda gerou um “volume significativo de pedidos para reposição dos estoques no varejo” .
4. Exportações seguem como fator de atenção:
- • O desempenho das exportações ainda preocupa.
- • “Historicamente, as cotações do boi gordo em fevereiro tendem a ser inferiores aos preços de janeiro”, aponta a Agrifatto.
- • Apesar de a China ter importado 91,18 mil toneladas de carne bovina in natura do Brasil em janeiro, houve uma redução de 19,97% em relação a dezembro .
- • No entanto, um fator positivo é que o preço médio pago pela carne exportada segue em alta, atingindo US$ 5.029/tonelada, o maior patamar dos últimos 18 meses .
Cenário para os próximos dias
O mercado do boi gordo segue sem um viés claro, e os pecuaristas devem acompanhar de perto a movimentação dos frigoríficos, especialmente no que diz respeito à oferta de fêmeas e à demanda interna. Se a reposição de estoques no varejo se mantiver aquecida, há chances de estabilidade ou até leve valorização no curto prazo.
Por outro lado, a Agrifatto alerta que “é preciso ficar atento ao desempenho do preço do boi gordo na China, já que, atualmente, as cotações locais estão em patamares baixos e têm freado as importações do país asiático.”
A volatilidade deve continuar sendo a marca do mercado nas próximas semanas, exigindo atenção dos pecuaristas para oportunidades pontuais de negociação .
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