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Mercado do boi gordo oscila com exportações em recuperação, oferta de fêmeas elevadas e cautela dos pecuaristas; Veja o que esperar nesta semana.
O mercado do boi gordo tem apresentado movimentações distintas nas principais regiões pecuárias do país. A arroba segue cotada a R$ 330 em São Paulo, mas outras praças registraram variações de preços ao longo da semana. O cenário reflete fatores como o bom desempenho das exportações, o maior descarte de fêmeas e a cautela dos pecuaristas, que estão segurando a boiada diante das boas condições das pastagens.
O mercado externo, que vinha sendo um dos principais sustentáculos dos preços da arroba, sofreu um compasso de espera devido ao feriado do Ano Novo Chinês (29/1 a 6/2). O ritmo mais lento dos embarques impactou a demanda pelo chamado “boi-China”, refletindo-se em quedas de preço em algumas praças, apontou o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias.
Em janeiro, o Brasil exportou 180,47 mil toneladas de carne bovina in natura, uma leve retração de 0,67% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Variação da arroba nas principais praças
No dia 7 de fevereiro, os preços da arroba do boi gordo segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, na modalidade a prazo apresentaram as seguintes cotações:
- São Paulo (Capital): R$ 330 (estável frente à última semana);
- Goiás (Goiânia): R$ 305 (queda de 3,17% em relação aos R$ 315 anteriores);
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 315 (retração de 1,56% em relação aos R$ 320 do período anterior);
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 315 (queda de 3,08% frente aos R$ 325 da última semana);
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 325 (avanço de 1,56% frente aos R$ 320 da semana passada);
- Rondônia (Vilhena): R$ 282 (desvalorização de 2,76% frente aos R$ 290 da última semana).
Queda no preço da vaca gorda em São Paulo
Nas praças paulistas, a semana terminou com queda de R$ 3/@ para as fêmeas:
- Vaca gorda: R$ 295/@;
- Novilha gorda: R$ 312/@;
- Boi gordo paulista: R$ 325/@;
- Boi-China: R$ 327/@.
Com um início de fevereiro marcado por um mercado mais lento, a expectativa é que o comportamento dos frigoríficos e o fluxo de exportações definam os rumos dos preços nas próximas semanas.
Oferta de fêmeas e escalas de abate
A maior disponibilidade de fêmeas no mercado tem levado os frigoríficos a operar com escalas de abate mais longas. Segundo a Agrifatto, na média nacional, as escalas de abate fecharam em 8 dias úteis, estáveis frente à semana anterior, mas com tendência de expansão.
Variações regionais das escalas de abate:
- Mato Grosso do Sul e São Paulo: avanço de 1 dia, fechando a semana com 8 dias úteis;
- Minas Gerais e Pará: ampliaram em 1 dia, fechando com 9 e 10 dias úteis, respectivamente;
- Tocantins: maior avanço, passando de 8 para 10 dias úteis;
- Paraná, Mato Grosso, Goiás e Rondônia: mantiveram-se estáveis, com escalas entre 6 e 10 dias.
Tendência para fevereiro
Historicamente, fevereiro tende a registrar queda nos preços do boi gordo em relação a janeiro. Nos últimos dez anos, a retração média foi de 3,4%, enquanto nos últimos cinco anos a queda foi de 1,1%.
Os frigoríficos seguem calibrando suas escalas de acordo com a disponibilidade de animais, e os pecuaristas, por sua vez, monitoram o mercado aguardando oportunidades para negociar melhor seus lotes. A expectativa é que a demanda doméstica possa melhorar com a circulação de salários no início do mês, mas os compromissos financeiros do consumidor, como IPTU, IPVA e material escolar, ainda pesam sobre o orçamento das famílias, limitando uma reação mais expressiva do consumo de carne bovina.
Cenário do mercado atacadista
No mercado atacadista, houve uma leve reação, impulsionada pela entrada dos salários na economia, o que ajudou a reduzir as perdas acumuladas nos últimos dias. Entretanto, o padrão de consumo ainda privilegia proteínas mais acessíveis, como carne de frango, ovos e embutidos.
- Quarto dianteiro bovino: R$ 17,80/kg (queda de 1,11% frente aos R$ 18,00/kg da última semana);
- Quarto traseiro bovino: R$ 24,50/kg (queda de 3,92% frente aos R$ 25,50/kg registrados anteriormente).
Segundo especialistas, a maior demanda deve continuar sendo direcionada para cortes mais baratos, como dianteiro e ponta de agulha, enquanto os cortes nobres encontram maior resistência no consumo.
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