Boi gordo segue a R$ 243/@ e “fórmula mágica” para alta dos preços continua

Os fatores que garantem a ˜fórmula mágica” para alta dos preços no mercado do boi gordo continuam, escalas de abate mais curtas e maior apetite das exportações, garantindo melhores margens para os pecuaristas

O mercado físico do boi gordo segue com preços firmes nesta quarta-feira, 28, apontaram as principais consultorias que acompanham o mercado diariamente. Ainda segundo elas, os fatores que garantem a ˜fórmula mágica” para alta dos preços da arroba dos animais para abate continuam, escalas de abate mais curtas e maior apetite pela carne bovina nas exportações e mercado interno, garantindo melhores margens para os pecuaristas.

Esses fatores, considerados importantes para manutenção do viés de alta no mercado, devem permanecer no curto prazo. Ainda nesse cenário, a virada do mês pode complicar ainda mais a situação dos frigoríficos de menor porte que, diferente do maiores que trabalham com animais a termo para compor suas escalas, terão que oferecer preços mais atrativos para garantir a matéria-prima para suas operações.

Preços do boi gordo

Conforme os dados da Scot Consultoria, o mercado de boi gordo em São Paulo iniciou a quarta-feira com preços estáveis, mas sob pressão para alta. “A oferta de animais prontos para o abate diminuiu, o que encurtou as escalas das indústrias,” aponta a Scot, observando que as programações de abate agora estão, em média, para os próximos sete dias.

Dessa forma, ainda segundo a Scot, o boi gordo “comum” está sendo negociado por R$ 238/@ no mercado paulista. Já a vaca e a novilha gordas estão com valores de R$ 215/@ e R$ 228/@, respectivamente. O “boi-China” (base SP) – animal jovem e abatido com até 30 meses de idade – está cotado em R$ 240/@, com um ágio de R$ 2/@ em relação ao animal “comum”.

No mercado futuro, a Agrifatto apontou que o contrato com vencimento em outubro de 2024 fechou na terça-feira (27/8) a R$ 247,90/@, uma leve queda de 0,02% comparado ao dia anterior. Por outro lado, o contrato para janeiro de 2025 teve alta de 0,28%, encerrando a R$ 253/@.

Esse valor representa um ágio de 15% em comparação ao preço físico do Cepea, que terminou a terça-feira cotado a R$ 237,85/@, uma alta de 2,3% em relação ao indicador de um mês atrás.

Os frigoríficos que contam com animais de parceria (contratos a termo) seguem com escalas mais confortáveis, disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade da valorização dos preços no curto prazo, considerando a atual posição das escalas de abate, que permanecem apertadas.

Sob o prisma da demanda, o desempenho das exportações ainda é extremamente positivo na atual temporada, assim como há melhora dos indicadores de consumo domésticos, vislumbrando boa perspectiva.

“No entanto, mesmo com ótima demanda, ainda não há grande possibilidade de alta explosiva dos preços”, pontuou Iglesias.

Giro do preço da arroba do boi gordo pelas praças pecuárias do país

  • São Paulo: R$ 243,00
  • Goiás: R$ 235,32
  • Minas Gerais: R$ 234,41
  • Mato Grosso do Sul: R$ 243,00
  • Mato Grosso: R$ 216,01.

Demanda aquecida

De acordo com a Agrifatto, muitos distribuidores estão em busca de carne para entregas rápidas ainda nesta semana. A expectativa é que a demanda interna por proteína bovina aumente ainda mais no curto prazo. “O varejo doméstico, que surpreendeu com o movimento consistente nos últimos dias, continua com uma perspectiva positiva para as primeiras semanas de setembro”, afirmou a consultoria.

Enquanto isso, as exportações brasileiras de carne bovina in natura mantêm um ritmo acelerado, com os embarques da última semana atingindo 54,32 mil toneladas. A Agrifatto prevê que o mês deverá encerrar com exportações superiores a 200 mil toneladas.

exportação de carne bovina
Foto Divulgação

Mercado atacadista

O mercado atacadista ainda se depara com preços firmes para a carne bovina. Conforme Iglesias, o viés ainda é de alta dos preços durante a primeira quinzena de setembro, período pautado por maior apelo ao consumo, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição ao longo da cadeia produtiva.

Enquanto isso, as exportações seguem em altíssimo nível, com perspectiva de embarques recordes na atual temporada.

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 18,00 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,50 por quilo. A ponta de agulha ainda é precificada a R$ 13,50 por quilo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,96%, sendo negociado a R$ 5,5559 para venda e a R$ 5,5538 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5114 e a máxima de R$ 5,5644.

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