Boi gordo: Queda de braço acirrada entre frigoríficos e pecuaristas; Veja as cotações

Momento de tensão entre a ponta compradora e os pecuaristas deixam o mercado com as cotações do boi gordo andado de forma lateralizada; Frigoríficos tentaram reduzir os preços de compra, mas sem sucesso na maioria das praças.

O mercado do boi gordo segue enfrentando oscilações, com frigoríficos tentando reduzir os preços de compra, mas sem sucesso na maioria das regiões. Segundo analistas, apesar da pressão da indústria, a oferta e a demanda vêm equilibrando os preços, mantendo a arroba estável em diversas praças pecuárias.

Os frigoríficos do Brasil têm tentado diminuir os valores pagos pelo boi gordo, impulsionados pela recente desvalorização da carne bovina. No entanto, as ofertas abaixo da referência de mercado não têm resultado na conclusão de negócios, com os pecuaristas resistindo à queda nos valores.

De acordo com pesquisadores do Cepea, a oferta de fêmeas aumentou no mercado spot, reflexo da recuperação de peso desses animais após o retorno das chuvas. Além disso, o volume de bois de confinamento está superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

No cenário externo, as exportações de carne bovina mantêm um ritmo positivo. Dados da Secex indicam que a média diária de embarques nesta parcial de fevereiro é de 10 mil toneladas, representando um crescimento de 6,2% em relação ao mesmo mês de 2024.

Cotações nas praças pecuárias

Com escalas de abate confortáveis, os frigoríficos seguiram tentando reduzir as cotações na praça paulista, iniciando o dia com ofertas R$ 5 a R$ 10/@ abaixo das referências de mercado, segundo a Scot Consultoria. Contudo, essa estratégia não teve efeito e os preços seguiram estáveis:

  • Boi gordo comum: R$ 315/@
  • Vaca gorda: R$ 285/@
  • Novilha gorda: R$ 303/@
  • Boi-China: R$ 317/@

As escalas de abate em São Paulo seguem em torno de dez dias. A Agrifatto também apontou estabilidade, com o boi para consumo doméstico a R$ 310/@ e o boi-China cotado em R$ 320/@.

Considerando outras 16 regiões monitoradas pela Agrifatto, a média do boi gordo caiu para R$ 292,20/@. Apenas Mato Grosso e Paraná registraram ajustes negativos, enquanto as demais praças mantiveram seus valores inalterados.

O alto abate de fêmeas descartadas, seja por idade avançada ou falha na reprodução, tem contribuído para suprir a demanda da indústria e pressionar os preços dos machos terminados. No entanto, especialistas da Agrifatto projetam que, a partir de março, a oferta de fêmeas deve diminuir, abrindo espaço para uma possível valorização da arroba.

Mercado futuro

Os contratos futuros do boi gordo encerraram a segunda-feira (24/2) com movimentação mista, em contraste com o comportamento de alta registrado no pregão anterior. O vencimento de fevereiro/25 caiu 0,21%, fechando a R$ 312,45/@, enquanto o contrato de abril teve alta de 1,26%, sendo negociado a R$ 300,65/@.

Perspectivas para o mercado do boi gordo

Com o atual equilíbrio entre oferta e demanda, o mercado do boi gordo deve permanecer pressionado no curto prazo. A expectativa é de que a redução da oferta de fêmeas possa alterar esse cenário a partir de meados de março, favorecendo uma recuperação nos preços. Até lá, os pecuaristas seguem atentos à estratégia da indústria e às movimentações do mercado externo, que podem ser determinantes para definir o rumo da arroba no primeiro semestre de 2025.

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