Boi gordo mantém viés de alta e preço médio subindo R$ 3/@; veja as cotações

Essa alta no mercado do boi gordo ocorre devido às escalas de abate mais curtas, à oferta limitada e ao bom ritmo das exportações, que sustentam o cenário atual.

O mercado físico do boi gordo manteve o viés de alta nas cotações nesta terça-feira (14), com um aumento de R$ 3/@ no preço médio da arroba em São Paulo, segundo a consultoria Scot Consultoria. Essa movimentação ocorre em meio às escalas de abate encurtadas e à oferta restrita, que sustentam o atual cenário do mercado.

De acordo com Fernando Henrique Iglesias, consultor da Safras & Mercado, as exportações em bom ritmo no início do ano continuam favorecendo o Brasil, consolidado como uma das principais alternativas globais para o fornecimento de carne bovina. “A oferta é restrita, e não há sinais de avanços consistentes no curto prazo”, ressalta Iglesias.

Exportações seguem em bom nível neste início de ano, algo compreensível uma vez que o Brasil ainda figura como principal alternativa para o fornecimento de carne bovina”, destacou o consutor.

Cotações no mercado do boi gordo mantém viés de alta

Na prática, nesta terça-feira (14/1), apesar da morosidade dos negócios, a Scot Consultoria detectou aumento de R$ 3/@ no preço do boi gordo paulista “comum” (sem padrão-exportação). Com isso, os preços registrados foram:

  • Boi gordo paulista comum (sem padrão-exportação): R$ 325/@ (valor bruto, no prazo).
  • Boi-China: R$ 327/@, com ágio de R$ 2/@ sobre o boi comum.
  • Novilha gorda: aumento de R$ 2/@, cotada a R$ 317/@.
  • Vaca gorda paulista: sem alterações, mantida a R$ 297/@.

A Agrifatto destacou que 8 das 17 praças monitoradas registraram valorização na arroba do boi gordo, incluindo Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins. Nas outras 9 regiões, as cotações permaneceram inalteradas, com destaque para São Paulo e Paraná.

Giro do boi gordo pelas principais praças pecuárias

  • São Paulo: R$ 335,00/@ (R$ 335,00/@ ontem)
  • Minas Gerais: R$ 320,00/@ (R$ 320,00/@ anteriormente)
  • Goiás: R$ 320,00/@(R$ 320,00/@ na segunda)
  • Mato Grosso do Sul: R$ 325,00/@, estável
  • Mato Grosso: R$ 317,00/@ (R$ 316,00/@ ontem)

Mercado atacadista

No mercado atacadista, os preços estão acomodados devido à demanda enfraquecida típica do período, segundo Iglesias. A população descapitalizada tem priorizado o consumo de proteínas mais baratas, como carne de frango, embutidos e ovos.

Atualmente, os preços praticados são:

  • Quarto dianteiro: R$ 17,00/kg.
  • Quarto traseiro: R$ 26,80/kg.
  • Ponta de agulha: R$ 18,00/kg.

Cenário futuro

Na B3, o mercado futuro também refletiu um ambiente de alta, apontou a Agrifatto. Os contratos com vencimento em fevereiro, abril e maio de 2025 apresentaram valorização de 0,64% em relação ao dia anterior, encerrando o pregão com os seguintes valores:

  • Fevereiro/2025: R$ 330,15/@
  • Abril/2025: R$ 329,95/@
  • Maio/2025: R$ 328,05/@

Exportações

O desempenho das exportações de carne bovina brasileira encerrou dezembro de 2024 com recuo, totalizando pouco mais de 203 mil toneladas. Embora o preço médio da tonelada exportada tenha subido 1,79% (US$ 4.953/t), a receita caiu 11,21% em relação a novembro de 2024.

Os principais destinos, China e EUA, reduziram suas compras em 7,37% e 28,16%, respectivamente.

Apesar da menor fluidez nos negócios, o mercado físico do boi gordo segue em alta, com perspectiva de manutenção do movimento no curto prazo. A restrição da oferta e o bom desempenho das exportações continuam sendo os principais pilares de sustentação dos preços, mesmo diante do desafio de negociações mais lentas entre frigoríficos e pecuaristas.

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