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O grande volume de fêmeas ofertadas ao mercado tem sido um dos principais fatores para a desvalorização da arroba do boi gordo. Confira os preços da arroba para hoje
O mercado do boi gordo segue pressionado pela oferta elevada de fêmeas e pelo conforto nas escalas de abate dos frigoríficos, resultando em queda nos preços da arroba. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as indústrias estão testando valores mais baixos, e esse movimento vem se intensificando nos últimos dias.
O grande volume de fêmeas ofertadas ao mercado tem sido um dos principais fatores para a desvalorização da arroba do boi gordo. Segundo Iglesias, os frigoríficos estão mais confortáveis em suas programações de abate e, por isso, seguem exercendo pressão sobre os preços de compra.
“Os frigoríficos se deparam com maior conforto em suas escalas de abate e passam a exercer pressão de maneira rotineira; até mesmo em Mato Grosso esse movimento ganha intensidade nos últimos dias”, explica o analista. No entanto, Iglesias ressalta que o forte volume de exportações de carne bovina ainda pode funcionar como um suporte para os preços no médio prazo.
Preços da arroba do boi gordo
Os valores da arroba seguem em queda em diversas praças pecuárias. Confira as cotações mais recentes:
- São Paulo: R$ 317/@ (R$ 318,23 ontem)
- Goiás: R$ 300,18/@ (estável)
- Minas Gerais: R$ 306,18/@ (R$ 306,47 na segunda-feira)
- Mato Grosso do Sul: R$ 306,02/@ (R$ 309,77 ontem)
- Mato Grosso: R$ 312,43/@ (R$ 313,22 anteriormente)
Os preços também caíram para o boi-China, categoria destinada à exportação para mercados que exigem critérios sanitários mais rigorosos. No mercado paulista, o boi-China recuou para R$ 322/@, uma baixa de R$ 3/@ em relação ao dia anterior. Já a vaca gorda teve uma redução de R$ 3/@, chegando a R$ 287/@, enquanto a novilha caiu R$ 2/@, fechando em R$ 308/@.
Mercado atacadista sem espaço para reajustes
No atacado, os preços da carne bovina seguem estáveis, com pouca perspectiva de reajustes no curto prazo. O consumo interno ainda está fraco, reflexo da segunda quinzena do mês, quando a demanda tende a ser menor devido ao orçamento mais apertado do consumidor.
Atualmente, os principais cortes bovinos são comercializados nos seguintes valores:
- Quarto dianteiro: R$ 17,00/kg
- Ponta de agulha: R$ 17,50/kg
- Quarto traseiro: R$ 25,00/kg
A consultoria Agrifatto destaca que o setor enfrenta estoques elevados, muito acima da capacidade de escoamento da demanda interna. “O mercado não tem respondido como esperado, sendo urgente encontrar uma solução para melhorar a rotatividade”, alerta a consultoria.
Câmbio também influencia mercado do boi gordo
Outro fator que pode impactar os preços da carne bovina é a variação cambial. Nesta terça-feira (18/2), o dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,40%, sendo negociado a R$ 5,6886 para venda e R$ 5,6866 para compra. Durante a sessão, a moeda oscilou entre R$ 5,6754 (mínima) e R$ 5,7239 (máxima).
Perspectivas para o mercado
Com um cenário de estoques elevados, escalas de abate alongadas e consumo interno fraco, o mercado do boi gordo deve seguir pressionado no curto prazo. A exportação continua sendo um fator positivo, mas, enquanto não houver um aquecimento da demanda interna, os frigoríficos devem manter a estratégia de testar preços mais baixos.
Para os pecuaristas, o momento exige cautela na comercialização e acompanhamento atento das oscilações do mercado, que podem ser influenciadas tanto por fatores internos quanto externos.
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