Boi gordo é negociado a R$ 302/@ com “apagão” da oferta; Vai subir mais?

A semana começou com novas altas no preço do boi gordo, refletindo o “apagão” da oferta, que tem dificultado as negociações. Boi gordo já é negociado a R$ 302/@; Vai subir mais?

O mercado de boi gordo iniciou a semana com altas notáveis, refletindo um cenário de restrição de oferta e demanda aquecida. O preço da arroba atingiu R$ 302,50 em negociações pontuais, como mostra a operação realizada e registrada na plataforma Agrobrazil em 7 de outubro de 2024. Este preço representa um dos valores mais altos do dia, destacando a forte valorização nos preços, onde as escalas de abate permanecem curtas, variando entre cinco e seis dias úteis em todo o país.

As exportações brasileiras de carne bovina in natura alcançaram 1,845 milhão de toneladas entre janeiro a setembro de 2024, um avanço de quase 30% em relação volume obtido em igual intervalo de 2023, de 1,42 milhão de toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Trata-se de um recorde histórico, em volume, para o período de nove meses do ano.

Cenário do mercado físico do boi gordo

A semana começou com novas altas no preço do boi gordo, refletindo o “apagão” da oferta, que tem dificultado as negociações. O mercado físico continua enfrentando dificuldades em termos de fluidez, especialmente nas segundas-feiras, quando tradicionalmente há menor movimentação de compra de gado. De acordo com informações da consultoria Safras & Mercado, muitas unidades frigoríficas ainda se mantêm fora das compras, o que reflete as dificuldades de abastecimento.

O preço negociado de R$ 302,50/@ em Batatais é superior à média registrada em outras regiões, como São Paulo, onde o “boi comum” foi cotado a R$ 285/@ e o “boi-China” – animal jovem abatido com até 30 meses de idade – a R$ 290/@, resultando em uma média de R$ 287,50/@. Este valor se encontra acima da média nacional de R$ 256,70/@, conforme dados da Agrifatto.

Demanda interna e externa em alta

A combinação de uma demanda interna sólida, impulsionada por benefícios sociais e o pagamento antecipado de salários, e a robusta demanda externa tem sido crucial para a elevação dos preços. O mercado varejista em São Paulo, por exemplo, apresentou um fim de semana de boas vendas, especialmente em açougues e redes varejistas. As distribuições de carne com e sem ossos seguiram consistentes, conforme análise da Agrifatto.

No mercado internacional, o Brasil alcançou um recorde histórico nas exportações de carne bovina in natura em setembro de 2024, com mais de 250 mil toneladas embarcadas. Este cenário de exportações fortes contribui para a pressão altista sobre o boi gordo, que pode continuar ao longo de outubro.

O cenário do atacado e varejo

No mercado atacadista, os preços permanecem firmes, com tendência de alta devido ao aumento do consumo típico da primeira quinzena do mês. Os cortes dianteiro, traseiro e ponta de agulha mantêm seus valores em R$ 16,50, R$ 21,50 e R$ 15,50 por quilo, respectivamente.

O impacto da seca e das queimadas

Outro fator que tem influenciado a alta nos preços do boi gordo é o cenário de seca, agravado pelas queimadas em várias regiões produtoras do Brasil. Esta situação tem limitado a oferta de animais terminados, contribuindo para o aumento dos valores. De acordo com dados do Cepea, o indicador paulista do boi gordo registrou alta de 5,42% na primeira semana de outubro, atingindo R$ 291,80/@ à vista.

A negociação de destaque: R$ 302,50/@ em Batatais

A negociação de destaque do dia, registrada em Batatais, São Paulo, pelo pecuarista no app da Agrobrazil, mostra a arroba do boi gordo sendo comercializada a R$ 302,50/@, com pagamento à vista e prazo de abate de 10 dias úteis.

A forma de abate é com peso vivo e rendimento de 54%, evidenciando uma transação expressiva diante do cenário de restrição de oferta. Esta operação, realizada em 7 de outubro de 2024, destaca-se como uma das mais valorizadas do mercado físico do boi gordo, refletindo a tensão entre oferta e demanda no setor.

Expectativas para os próximos dias

O cenário atual sugere que a alta no preço do boi gordo pode continuar, principalmente se a oferta seguir limitada e a demanda, tanto interna quanto externa, continuar robusta. As exportações recordes de carne bovina e a dinâmica de mercado interno, impulsionada pelo consumo e pela restrição de oferta, podem manter os preços em elevação nos próximos dias.

Em resumo, o mercado do boi gordo se mostra aquecido no início de outubro, com negociações que atingem valores recordes e indicam que a pressão altista ainda não perdeu força. A negociação de R$ 302,50/@ em Batatais ilustra bem esse momento de valorização, que deve continuar pautando as expectativas de pecuaristas e frigoríficos ao longo das próximas semanas.

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