
Oferta restrita de matéria-prima no campo [animal pronto para abate] eleva preços da arroba do boi gordo; Segundo levantamento, as escalas de abate estão na posição menos confortável do ano, enquanto frigoríficos perdem a batalha nas negociações
O mercado do boi gordo no Brasil segue aquecido, com valorização constante dos preços tanto no físico quanto no futuro, apontaram as principais consultorias que acompanham o mercado diariamente. A restrição na oferta de animais prontos para abate, somada ao alto ritmo de exportações e demanda doméstica, tem impulsionado a elevação dos valores da arroba. Nesse cenário, os frigoríficos seguem perdendo a batalha nas negociações, diariamente, enquanto os pecuaristas aproveitam para realizar maior pressão nas vendas de seus lotes.
De acordo com Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado, a oferta de animais está limitada, com as escalas de abate curtas, variando entre cinco e seis dias úteis. Esse cenário reflete no aumento de preços, com a arroba atingindo R$ 256,00 em Mato Grosso do Sul e R$ 254,00 em São Paulo, por exemplo.
Nesse cenário, continuam as consultorias, o mercado brasileiro do boi gordo continua operando em tom bastante otimista – para o lado do pecuarista. Para a Scot Consultoria, com um cenário de poucos negócios, o mercado abriu com os preços estabilizados. As ofertas continuam escassas e o fraco escoamento observado pelos frigoríficos, em comparação com os inícios de meses anteriores, está mantendo os preços firmes, mas sem altas.
Ainda segundo a Scot, na praça carioca, após a alta na cotação em todas as categorias ontem (9/9), o mercado continuou em ascensão, com o preço do boi gordo subindo R$5,00/@ e o da novilha R$3,00/@. As ofertas permanecem limitadas.
Giro das cotações do boi gordo pelas principais praças pecuárias do país
- São Paulo: R$ 254/@
- Goiás: R$ 244/@
- Minas Gerais: R$ 245/@
- Mato Grosso do Sul: R$ 256/@
- Mato Grosso: R$ 221/@
Mercado futuro decolando junto com as exportações
O mercado futuro do boi gordo , conforme relatório da Agrifatto, também projeta uma continuidade no movimento de alta. O contrato de outubro de 2024 na B3, chegou a atingir a importante referência dos R$ 260/@ em 9/9, mas fechou cotado a R$ 259,50/@, refletindo a expectativa de uma entressafra prolongada.
Especialistas da Agrifatto apontam que essa pressão altista é causada tanto pela demanda doméstica quanto pelo aumento das exportações, que já somam 70,98 mil toneladas de carne bovina in natura apenas nos primeiros cinco dias úteis de setembro, uma média diária de 14,19 mil toneladas.
Diante desse cenário, a expectativa é de que o mês de setembro de 2024 feche com a exportação de 220 mil toneladas de carne bovina, segundo a Agrifatto. O desempenho do dólar, cotado a R$ 5,65, também favorece o setor exportador, garantindo competitividade ao produto brasileiro no mercado internacional.
Esse otimismo se reflete nos contratos futuros e nas perspectivas de curto prazo, consolidando a tendência de valorização da arroba.
Mercado atacadista e o câmbio
O mercado atacadista volta a se deparar com preços mais altos. O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta no curto prazo, em linha com a boa demanda durante a primeira quinzena do mês.
No mercado atacadista, a alta dos preços também se faz presente, com o quarto traseiro precificado em R$ 18,75/kg e o quarto dianteiro a R$ 14,40/kg, ambos com ajustes positivos. As indústrias já começam a repassar esses aumentos ao consumidor final, ajustando suas margens.
“O encurtamento das escalas de abate muda a dinâmica do mercado, com preços mais altos do boi gordo. As indústrias começam a repassar esse aumento ao longo da cadeia produtiva”, assinalou Iglesias.
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,32%, sendo negociado a R$ 5,6536 para venda e a R$ 5,6516 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5690 e a máxima de R$ 5,6715.
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