Boi gordo de Mato Grosso atinge maior preço do ano em setembro, aponta Imea

O cenário de alta do boi gordo em Mato Grosso, é atribuído à menor participação de vacas nos abates, além de uma demanda aquecida, tanto no mercado interno quanto no externo pela carne bovina.

Em setembro, a arroba do boi gordo em Mato Grosso foi precificada em R$ 215,73, até o dia 27, registrando um aumento de R$ 10,01 por arroba em relação a agosto de 2024. Esse valor representa a maior cotação do ano até o momento, segundo dados do Imea. O cenário de alta é atribuído à menor participação de vacas nos abates, além de uma demanda aquecida, tanto no mercado interno quanto no externo pela carne bovina.

Em comparação com setembro de 2023, o preço atual é 16,24% maior, destacando-se como uma recuperação significativa após o “fundo do poço” atingido no ano anterior, quando os preços registraram o menor nível desde junho de 2019. Apesar dessa valorização em setembro, os meses anteriores apresentaram uma estabilidade nos preços, com uma média de ganho mensal de apenas R$ 3,25 por arroba entre janeiro e setembro, característica de anos de transição no ciclo pecuário.

Mesmo com o abate total ainda em altos patamares, a redução na participação de vacas tem impulsionado os preços. As projeções para o mercado futuro indicam valorizações no quarto trimestre de 2024, reforçando o cenário positivo para o setor.

Redução no rebanho de Mato Grosso marca cenário nacional de crescimento

De acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgada pelo IBGE, o rebanho bovino brasileiro somou 238,63 milhões de cabeças em 2023, registrando um crescimento de 1,61% em relação a 2022. Esse aumento foi puxado principalmente pelos estados do Paraná, Bahia e Maranhão, que apresentaram aumentos significativos de 822,73 mil, 764,47 mil e 700,48 mil cabeças, respectivamente.

Apesar de Mato Grosso ter mantido o maior rebanho do país, o estado registrou uma redução de 252,31 mil cabeças, o que representa uma queda de 0,74% em comparação com o ano anterior. Esse declínio é atribuído ao alto volume de animais enviados para abate, com destaque para as fêmeas, cujo número de abates foi 40,57% superior ao de 2022.

Entre os municípios brasileiros, São Félix do Xingu, no Pará, apesar de uma retração de 2,80% em relação a 2022, manteve-se como o líder nacional em efetivo bovino, com um total de 2,45 milhões de cabeças. Em Mato Grosso, apenas o município de Cáceres figurou entre os cinco maiores do Brasil, ocupando a 4ª posição no ranking, com 1,40 milhão de cabeças, o que equivale a 4,12% do rebanho total do estado.

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