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De acordo com Fernando Henrique Iglesias, os pecuaristas estão buscando cadenciar o ritmo dos negócios, aproveitando as boas condições de pastagem, porém, a pressão de oferta tende a aumentar no segundo trimestre; confira a análise e as cotações
Nesta quinta-feira (21), o mercado físico do boi gordo registrou preços esperados, segundo análise do analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. A expectativa ainda é de experimentos de compra abaixo da referência média, com a indústria mantendo uma posição confortável em suas escalas de abate para os próximos dias.
De acordo com Iglesias, os pecuaristas estão buscando cadenciar o ritmo dos negócios, aproveitando as boas condições de pastagem, porém, a pressão de oferta tende a aumentar no segundo trimestre com a piora das condições das pastagens. “O pecuarista ainda tenta cadenciar o ritmo dos negócios, contando com boas condições de pastagem. Para o segundo trimestre, a pressão de oferta tende a aumentar com a piora das condições das pastagens”, diz o analista.
Segundo a Agrifatto, a partir de meados de junho, há a possibilidade de complicações do quadro atual, devido à degradação das pastagens naturais e à diminuição da capacidade de retenção do gado, o que provavelmente resultará em crescimento da oferta. A análise da Scot Consultoria prevê que com a proximidade da Semana Santa e o final do mês, a expectativa é de demanda enfraquecida para o escoamento de carne bovina e, consequentemente, menores preços ofertados pela arroba bovina.
Preços do boi gordo
São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de doze dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de doze dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de oito dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias;
Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias
Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias;
Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias;
Paraná — O boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias
De acordo com o indicador do mercado futuro do boi gordo, CEPEA/B3, o valor registrado foi de R$ 230,90 nesta quarta-feira, 20, refletindo uma variação diária de 1,05% e uma queda de 1,91% no mês. Esse cenário é corroborado pela análise dos especialistas, que apontam para uma pressão baixista nas cotações, em meio à perspectiva de uma demanda enfraquecida para a carne bovina devido à aproximação da Semana Santa e do final do mês. Além disso, as condições das pastagens e a capacidade de retenção do gado também podem influenciar a oferta e impactar o mercado nos próximos meses.
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Atacado
Sem alterações significativas de comportamento, tanto as vendas de carne bovina nos balcões do varejo quanto as distribuições de carne com ossos no atacado enfrentam desafios expressivos e se estabelecem como fracas desde o final da semana passada, de acordo com apuração a Agrifatto.
Segundo a consultoria, um volume considerável de mercadorias permanece estacionado nos distribuidores sem previsão de descarga até esta quarta-feira (20/3). “Houve um aumento nos retornos parciais devido à problemas de qualidade, assim como nas devoluções totais por outros motivos, principalmente relacionados à carne envelhecida”, informa a consultoria.
Segundo os dados da Consultoria Safras & Mercado, o ambiente de negócios sugere um cenário de estabilidade, com pouco espaço para reajustes. O quarto traseiro permanece precificado a R$ 18,10 por quilo, enquanto a ponta de agulha permanece a R$ 13,65 por quilo. O quarto dianteiro segue precificado a R$ 14,00 por quilo. Além disso, destaca-se a competitividade da carne de frango em comparação com outras proteínas, influenciando as estratégias de precificação no mercado de carnes.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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