
Empresa alemã traça planos de curto prazo para o glifosato, mantendo compromisso com agricultores brasileiros, mas sinaliza mudanças diante de pressões regulatórias e disputas judiciais
A Bayer, gigante alemã do agronegócio, anunciou nesta semana um plano de ação para o glifosato, seu controverso herbicida, destacando que manterá o produto no mercado “no curto prazo”, mas busca alternativas sustentáveis a médio e longo prazo.
A declaração ocorre em um momento crítico: a empresa enfrenta pressões regulatórias nos EUA e Europa, além de disputas bilionárias na Justiça relacionadas a alegações de riscos à saúde.
No Brasil, segundo maior mercado global do herbicida, a Bayer garantiu que não há interrupção iminente no fornecimento, essencial para cultivos como soja, milho e algodão. Porém, fontes do setor indicam que a empresa já investe pesado em alternativas biológicas e químicas menos polêmicas, alinhadas às demandas por sustentabilidade. “Estamos comprometidos com a segurança e a inovação, mas precisamos de pragmatismo: o glifosato ainda é vital para a agricultura tropical”, afirmou um executivo da Bayer em encontro com produtores em Goiás.
Contexto Brasileiro: Dependência e Transição
- Dados: O glifosato responde por 60% dos herbicidas usados no Brasil (Indicadores do Agro 2024).
- Desafios: Pressão de entidades ambientais pelo banimento e concorrência de genéricos chineses.
- Estratégia da Bayer: Ampliar portfólio com produtos como LibertyLink (à base de glufosinato) e parcerias em bioinsumos.
Especialistas alertam: Uma saída abrupta do glifosato exigiria US$ 2 bi/ano em adaptações por parte dos produtores brasileiros. Enquanto isso, a Bayer negocia com o governo para evitar restrições súbitas, sugerindo um cronograma de transição.
Fontes: AgWeb (EUA), Sindiveg, Ministério da Agricultura.
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