
A região do Médio São Francisco, em especial o município de Barra, reúne características importantes para atração de novos negócios agrícolas, como a disponibilidade de terras e água, clima agradável e corredores para escoamento, sobretudo rodoviários, podendo ser a nova fronteira agrícola
Considerado uma nova fronteira agrícola do Brasil, o Polo Agroindustrial e Bioenergético do Médio São Francisco, no oeste da Bahia, tem atraído grandes empreendimentos, em especial o município de Barra. Situada a cerca de 340 km das cidades de Luis Eduardo Magalhães e Barreiras, que são centros importantes do agronegócio no oeste da Bahia, a área em torno do município de Barra está emergindo como um novo ponto de destaque na agricultura.
A pergunta que surge é: Esta região seria a “terra prometida” da Bahia em termos agrícolas? Atraindo a atenção de agricultores, essa área é notável por seu promissor potencial de produção. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região abrange uma extensão de 11.428 mil km².
Na região da nova fronteira agrícola, que possuí um grande potencial, destaca-se o cultivo de cacau, mandioca, cebola, maracujá, cana-de-açúcar, feijão, alho, batata doce e soja. Outra atividade de destaque é a pecuária, com gado bovino, suíno, equino, caprino, ovino, asinino, muares e aves.
Para o secretário estadual da Agricultura, Wallison Tum, e representante da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) Tum, a região do Médio São Francisco, em especial o município de Barra, reúne características importantes para atração de novos negócios agrícolas, como a disponibilidade de terras e água, clima agradável e corredores para escoamento, sobretudo rodoviários.
“Por isso, temos acompanhado o avançar dos investimentos naquela região e abrimos as portas do Governo do Estado para ouvir e auxiliar os produtores que estão instalados ou que pretendam se instalar, para que haja cada vez mais segurança jurídica e respeito à legislação, principalmente a ambiental”.
Abundância de água na nova fronteira agrícola
De acordo com autoridades da Bahia e agricultores locais, os rios que cortam o oeste da Bahia, são um dos motivos para a região de Barra receber o título de nova fronteira agrícola. O fator que possibilita a transformação desses locais inóspitos em celeiros produtivos é a irrigação.
O Rio Grande, com seus 580 km de comprimento, é um dos rios mais significativos da área. Ele tem sua origem na Serra Geral, localizada em São Desidério, atravessa Barreiras e junta-se ao Rio São Francisco, um dos maiores rios do Brasil, na cidade de Barra.
Carlito Souza Nunes, assessor técnico da Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), destaca os aspectos favoráveis da região. Ele mencionou, em entrevista ao Canal Rural, que a confluência dos Rios São Francisco e Grande em Barra cria um ambiente propício para a agricultura. Além disso, a qualidade do solo na região é excepcional e os preços das terras na Bahia são comparativamente baixos em relação a outros estados. Um outro elemento crucial para o desenvolvimento agrícola da área são as condições climáticas favoráveis, conforme aponta Nunes.

O empresário José Coimeiro vê um amplo potencial de desenvolvimento na região e menciona que o progresso econômico e a efetivação da fronteira agrícola poderiam trazer melhorias sociais significativas para os habitantes locais.
“A Barra é uma região promissora e tem demonstrado isso com a chegada de novos empreendimentos, mas ainda esbarra em problemas como disponibilidade de energia elétrica e regularização fundiária. Por isso solicitamos a intermediação da Seagri para que possa ser a coordenadora desse processo de crescimento e que assim possamos desenvolver nossas atividades dentro das regras, dos princípios, no sentido de mantermos uma atividade sustentável e respeitadora do meio ambiente”, afirma o responsável por investimentos na bovinocultura intensiva em Barra desde 2016.
Barra tem grande potencial
O potencial de Barra é enorme e precisa ser explorado de forma ordenada, para que seja duradouro e possa gerar empregos, renda e divisas para todos, defende o presidente do sindicato rural da região, Marco Aurélio Caviola, que também participou da agenda na Secretaria da Agricultura. Na nova fronteira agrícola a diversidade dá o tom.
Outro caso de sucesso é a Serpasa Agroindustrial, do Grupo Paranhos, localizada no município de Muquém do São Francisco. É a primeira usina sucroalcooleira do Polo Agroindustrial e Bioenergético do Médio São Francisco. O projeto tem obtido produtividade superior a 300 toneladas de cana-de-açúcar por hectare e serviu de “quebra gelo”, como um case de sucesso para instalação de novos investidores.
Na pecuária, o Sistema Plantio Direto e o sistema de Integração Lavoura-Pecuária são opções com potencial para promover a sustentabilidade da agropecuária. Produtores têm utilizado esses sistemas para a formação de palhada decorrente da rotação de culturas como soja e milho. Ambos preconizam o não revolvimento do solo, que aliado às rotações de culturas, é utilizado para mantê-lo protegido pelos resíduos orgânicos na superfície, representando uma alternativa ao monocultivo com preparo convencional do solo, ainda utilizado na região.
Pontos de entrave
Aqueles que investiram na região estão agora na expectativa pela construção de ferrovias e rodovias. Carlito Souza Nunes destaca que uma ponte já foi erguida sobre o Rio São Francisco em Barra. Além disso, uma rodovia foi implementada ao longo do rio até Bom Jesus da Lapa (BA), e está planejada uma conexão com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).

A rede ferroviária da Fiol, que passa perto da região, incluirá um ramal que a interligará com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Esta última facilitará o transporte das produções locais até o Porto de Aratu, em Salvador.
Outro ponto importante é quanto a mão de obra qualificada para atuação no setor agropecuário da região. É preciso infraestrutura para que se torne mais atrativo para a população do agronegócio brasileiro.
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