
Estado baiano que faz parte do novo polo agropecuário, o Matopiba, avança com produção de alta qualidade e se torna maior produtor de café do Nordeste
Em meio a um cenário de evolução constante no agronegócio brasileiro, a Bahia celebra uma conquista histórica: tornou-se o maior produtor de café do Nordeste e se projeta para ocupar a posição de quarto maior estado produtor do Brasil até o final de 2025. Segundo dados do IBGE, a safra baiana deverá alcançar 265.920 toneladas – o equivalente a 4,4 milhões de sacas, respondendo por 8,2% da produção nacional.
O desempenho é resultado de uma combinação precisa entre investimentos em tecnologia, gestão moderna e a tradição de milhares de famílias rurais que, dia após dia, transformam o campo baiano em sinônimo de excelência.
O segredo dos grãos do maior produtor de café do Nordeste
Com cerca de 133 mil hectares dedicados ao cultivo de café, a Bahia se destaca por sua diversidade de polos produtivos: Cerrado, Planalto e Atlântico. Cada um, com suas características únicas de solo e clima, contribui para uma variedade de perfis de bebida — desde cafés finos, ideais para linhas gourmet, até blends robustos que abastecem grandes marcas comerciais.
Municípios como Itamaraju, Prado, Barra do Choça, Vitória da Conquista e Ibicoara lideram essa transformação, aproveitando altitudes elevadas e técnicas agrícolas modernas para oferecer grãos de altíssima qualidade.
A força da produção se divide entre duas variedades estratégicas:
- Café Arábica: cultivado acima de 800 metros, entrega grãos com notas frutadas, acidez equilibrada e aroma refinado.
- Café Conillon (Robusta): mais resistente a pragas e fundamental para a composição de blends e bebidas de grande consumo, como o espresso.
A expectativa é de que a Bahia atinja uma colheita recorde em 2025, consolidando-se como 3º maior produtor de Conillon e 4º de Arábica no Brasil.
Inovação e tradição da Bahia que conquistam o mundo
O crescimento baiano não é apenas quantitativo. A qualidade dos grãos, lapidada por práticas inovadoras e respeito à tradição, tem rendido certificações de rastreabilidade e sustentabilidade e prêmios em concursos nacionais e internacionais.
“O sucesso da nossa cafeicultura é fruto da união entre tradição e inovação no campo. Celebrar essa posição é reconhecer o trabalho árduo das famílias rurais que fazem o agro baiano ser reconhecido no mundo todo”, afirmou Pablo Barrozo, secretário da Agricultura da Bahia.
Hoje, mais de 40 variedades são cultivadas no estado, muitas delas por agricultores familiares, cuja atuação é essencial para manter a diversidade genética e o compromisso com a qualidade.
Os cafés da Bahia, em diferentes torras e formatos, já abastecem tanto cafeterias especializadas quanto grandes indústrias do setor, atendendo a consumidores cada vez mais exigentes, inclusive nos mercados da Europa e dos Estados Unidos.
Próximos passos: exportação e novos mercados
Apesar do desempenho impressionante, o estado tem metas ainda mais ambiciosas. A principal delas é ampliar o acesso a mercados internacionais e reduzir custos logísticos, fortalecendo sua atuação como exportador de cafés premium.
A jornada da Bahia no setor cafeeiro é um exemplo de como investimento, gestão e paixão pelo que se planta e colhe podem transformar a realidade de um estado — e elevar o nome do Brasil no mercado global de café.
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