
Os preços tiveram uma alta nas principais praças de comercialização do Brasil ao longo da semana, especialmente em São Paulo, onde os negócios chegaram a atingir entre R$ 260,00 e R$ 265,00 por arroba a prazo; E agora?
Os preços no mercado físico boi gordo no Brasil, apresentaram uma recuperação ao longo da última semana, refletindo uma demanda mais aquecida e a busca das indústrias frigoríficas para formar suas escalas de abate e atender seus compromissos no curto prazo. Entretanto, após o fechamento da primeira semana de julho, o pecuarista fica com a dúvida sobre a força de continuidade do movimento de valorização da arroba para a próxima semana. Arroba vai ultrapassar os R$ 265 nesta semana? Confira agora!
Embora a relação de oferta enxuta tenha gerado peso sobre a precificação da arroba bovina, o fator “demanda” (interna) pela carne bovina já apresenta limitações quanto a novos avanços das cotações no mercado físico e futuro, afirma a S&P Global, acrescentando que o consumo doméstico continua bastante enfraquecido.
Segundo Allan Maia, analista da Safras & Mercado, o aumento tradicional no consumo durante a primeira quinzena impulsionou a alta nos cortes negociados no atacado. No entanto, Maia observa que o movimento ascendente observado nos últimos dias está começando a enfraquecer, deixando um ponto de alerta para o pecuarista neste momento.
“As escalas de abate foram reduzidas devido à menor disponibilidade de gado por parte dos pecuaristas, levando os frigoríficos a elevar os preços. No entanto, após completarem as escalas, as indústrias já estão mostrando menos entusiasmo nas compras, especialmente em São Paulo, onde os negócios chegaram a atingir entre R$ 260,00 e R$ 265,00 por arroba a prazo. Mesmo assim, os preços tiveram uma alta nas principais praças de comercialização do Brasil ao longo da semana”, explica Maia.
Segundo os dados da Scot Consultoria, a sexta-feira foi de poucos negócios, com escalas de abate bem posicionadas, o mercado está estável. A cotação do boi está em R$250,00/@, a da vaca em R$212,00/@ e a da novilha em R$235,00/@, preços brutos e a prazo. “As escalas de abate (das indústrias paulistas) estão bem posicionadas e os compradores menos ativos”, observa a Scot. Por sua vez, continua a consultaria, o “desempenho da exportação de carne bovina in natura, no quesito volume, está de tirar o fôlego”.
O preço pago pela arroba do “boi China” – animal jovem abatido com até 30 meses de idade – está em R$260,00, preço bruto e a prazo. Ágio de até R$10,00/@ em relação ao boi comum, apontaram as consultorias que acompanham o mercado diariamente.
Segundo os dados do INDICADOR DO BOI GORDO CEPEA/B3, os valores enceram a semana com uma variação positiva de 0,81% na comparação mensal. Dessa forma, os valores médios foram precificados em R$ 256,25/@ na última sexta-feira, 07. Confira o gráfico abaixo com o comportamento dos preços do Indicador.

Giro do boi gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi a prazo atingiu R$ 255, um aumento de 2% em relação aos R$ 250 da semana passada.
- Em Dourados (MS), a arroba subiu 2,04%, de R$ 245 para R$ 250 na modalidade a prazo.
- Em Cuiabá (MT), o valor da arroba aumentou de R$ 218 para R$ 222, um acréscimo de 1,83%.
- Em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 250 por arroba, em comparação com os R$ 240 praticados na semana passada, valorização de 4,17%.
- Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 235, aumento de 4,44% em relação aos R$ 225 registrados na última semana.
No mercado futuro, os preços dos contratos do boi gordo registraram recuos nesta primeira semana de julho, indicando que, apesar da expectativa de menor oferta de boiada provinda de confinamentos, as indústrias devem demandar menor volume de animais terminados no mercado físico, relata a S&P Global.
A consultoria captou que há relatos de contratos a termo (de compra de boiada gorda) que foram retomados entre frigoríficos e grandes boiteis/confinamentos, o que deve atender à demanda vigente, haja visto que este tipo de negociação havia sido interrompida desde o início do ambiente baixista que se formou entre abril e maio.
Volume de carne bovina exportada no 1º semestre é o 2º maior da história
O volume de carne bovina in natura embarcado pelo Brasil no primeiro semestre de 2023 foi o segundo maior da história para este período, considerando-se toda a série histórica da Secex.

Mesmo diante da suspensão dos embarques de carne bovina à China, maior destino da proteína brasileira, entre meados de fevereiro e de março, as exportações de janeiro a junho de 2023 totalizaram 882,67 mil toneladas, apenas 5,33% inferior ao do mesmo período de 2022 (que é recorde), mas 13,54% superior ao de 2020, que, até então, sustentava o segundo melhor desempenho para um primeiro semestre.
Se, por um lado, o volume escoado vem apresentando tendência de alta, o preço pago pela carne nacional vem caindo. Segundo dados da Secex, em junho, a média foi de US$ 5.054,1/tonelada, recuo de 0,88% frente ao de maio e 26% abaixo do de junho/22.
Boi no atacado: semana de preços aquecidos
De acordo com Maia, o mercado atacadista apresentou melhorias nos preços em relação à semana anterior. No caso do quilo do corte traseiro, ele se manteve em R$ 18,60, representando um aumento de 2,48% em comparação aos R$ 18,15 registrados na semana passada.
Por outro lado, o corte dianteiro teve um valor de R$ 14,40 por quilo, mostrando uma valorização de 2,86% em relação aos R$ 14,00 da semana anterior.
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