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Segunda-feira gorda para a arroba em quase todo o País; Oferta enxuta de gado e exportações continuam trazendo pressão altista em grande parte das praças pecuárias.
O mercado do boi gordo abriu a semana mantendo o viés de alta, com destaque para as valorizações registradas nas regiões pecuárias do Centro-Oeste brasileiro, onde está concentrada a maior parte do rebanho bovino brasileiro.
Segundo dados levantados nesta segunda-feira, 15 de junho, pela Informa Economics FNP, os preços da arroba subiram hoje nas praças do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e de Goiás. “Os agentes do mercado se mostraram mais otimistas diante da recuperação parcial do consumo doméstico de carne bovina no último final de semana e se posicionaram de forma mais ativa nas compras, elevando os valores oferecidos pelo boi gordo”, destaca a consultoria.
Preços na Agrobrazil
Negócios informados no app da Agrobrazil, tem apresentando um viés de alta no preço da arroba nas principais praças do país. Confira os principais negócios informados.
Seguindo o momento de alta, a arroba em São Paulo, ficou em R$ 215. Segundo informações no app, os negócios ficaram da seguinte forma: Realizada em Rancharia, pecuarista vendeu seu lote, por R$ 215 a arroba, com prazo de 8 dias para pagamento e abate para o dia 18 de junho. Os animais não china foram negociados por R$ 210/@.
Para o mercado interno, animais em Ribas do Rio Pardo/MS, negociados por R$ 200/@ à vista e abate para o dia 25 de junho. Já em Talismã/TO, o preço informado foi de R$ 195/@ à vista e abate para o dia 18 de junho.
O índice Cepea fechou a segunda-feira no valor de 209,95/@, com uma alta de quase 5%. Já a média Agrobrazil, para São Paulo, fechou em 209,82/@ com uma queda de quase 1%. Os preços nas praças paulistas variam de R$ 207 a R$ 215/@.
Giro das praças
No Centro-Oeste, assim como nas demais regiões pecuárias, a baixa oferta de gado terminado neste início de entressafra tem emplacado forte pressão altista nas cotações. “Os animais disponíveis para abate são insuficientes para atender a demanda das indústrias”, observa a FNP. Essa escassez de boiadas é agravada pela necessidade de retenção de fêmeas, devido ao atual ciclo de alta e à valorização do gado magro, o que força ainda mais a permanência de matrizes nas fazendas(para fazer a reposição dos rebanhos), relata a consultoria.
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Em Mato Grosso, houve registro de frigoríficos que reduziram o nível de abates para conseguir se adequar às ofertas de boiada no mercado, de acordo com a FNP. Em Goiás, os bons níveis de chuvas registrados nos últimos dias têm mantido os pastos com boa disponibilidade de massa verde e os pecuaristas optam pela retenção dos animais, à esperada de preços da arroba ainda.
Além da oferta enxuta de animais para abate, o ritmo consistente das exportações de carne bovina, sobretudo à China, continua dando suporte para uma maior procura dos frigoríficos na compra do gado, elevando os valores oferecidos aos pecuaristas.
Compre Rural com informações da FNP, Agrobrazil e Portal DBO