Arroba deve atingir novo patamar de preços nesta semana, sendo influenciada pela entrada da massa salarial e menor oferta de animais prontos!
Ao longo desta semana, os preços do boi gordo subiram em todas as principais praças pecuárias do Brasil, reforçando a tendência altista no mercado. O movimento de valorização da arroba continua tendo suporte na enorme escassez de oferta de animais terminados, relata a IHS Markit. A entrada da massa salarial, o aumento da demanda externa e a menor oferta de animais para abate, estão sendo combustível para disparada no preço da arroba, veja!
A oferta de animais terminados em grande parte do país permanece restrita, com uma disputa bastante acirrada pelos animais que cumprem os requisitos para exportação com destino ao mercado chinês. Por conta dessa demanda, os animais destinados à exportação para a China carregam um ágio de R$ 5 a R$ 7 conforme a região do país.
Fechamento da semana
Em São Paulo – referência para outras praças do País –, o valor médio para o animal terminado saltou de R$ 255,01/@ na quinta-feira (24/9), para R$ 254,85/@, nesta sexta-feira (25/9), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 239,92/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 244,88/@.
Segundo informado pelo pecuarista de Piquerobi/SP, o valor negociado para o Boi China foi de R$ 255,00/@ com pagamento a vista e abate para o dia 29 de setembro. Esse é o maior valor registrado para a praça até o momento!
Na sexta-feira, 25, o Indicador do boi gordo Cepea/B3 fechou a R$ 255,65, com elevação de 1,23% no acumulado da parcial de setembro. Já o valor do Boi Gordo, a prazo Praça de São Paulo, fechou cotado a R$ 256,05/@.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 25 de setembro:
- São Paulo (Capital) – R$ 254,00 a arroba, contra R$ 253,00 a arroba em 17 de setembro (+0,4%).
- Goiás (Goiânia) – R$ 242,00 a arroba, estável.
- Minas Gerais (Uberaba) – R$ 252,00 a arroba, ante R$ 250,00 a arroba, subindo 0,8%.
- Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 250,00 a arroba, ante R$ 248,00 a arroba (0,81%).
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 241,00 a arroba, contra R$ 235,00 a arroba (2,55%).
Arroba está subindo em todo Brasil
Entre as principais praças pecuárias pesquisadas pela IHS Markit, todas apresentaram aumento na arroba frente à semana anterior. Na comparação à 2019, esses avanços são ainda mais expressivos, evidenciando o momento que vive o setor.
Chegamos ao final do mês de setembro e, no curtíssimo prazo, não devemos observar nenhum fator que venha limitar esse movimento altista, muito mesmo uma pressão de redução nos atuais patamares. As indústrias não conseguem completar escalas de abate e o período que se inicia é de aumento no consumo interno, trazendo uma pressão de compra por parte da indústria.
Mais uma vez o pecuarista esperar uma nova onda altista nesta semana, a entrada da massa salarial traz um estimulo ao consumo. Além disso, o fator exportação segue aquecido e com boas margens para o ágio do Boi China, que já está em R$ 5 a R$ 7, novamente.
Segundo alguns analistas, o movimento de alta desses próximos dias, se confirmado, deve trazer a arroba a um novo patamar de R$ 270/@ nas praças de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Arroba pode estabilizar? Existe um receio por parte de alguns produtores quanto a entrada dos animais de confinamento em outubro, fator que ainda é uma incógnita para as industrias. O volume de animais confinados sofreu com o aumento dos custos de produção, principalmente o da reposição, trazendo uma menor intenção de confinamento aos pecuaristas.
Exportações seguem em ritmo forte
A pressão sobre as escalas de abate das indústrias é resultado principalmente dos compromissos de fornecimento de carne bovina ao mercado internacional, que segue com demanda forte, principalmente por parte da China.
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Resultado preliminar divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostra que os embarques de carne bovina “in natura” ao longo dos primeiros 13 dias úteis de setembro continuaram com volumes expressivos, apesar de leve desaceleração com relação ao mês anterior. A média foi de 7,26 mil toneladas exportadas por dia no período. Na comparação com setembro do ano passado, o resultado representou um avanço de 10,24%.
Por sua vez, a receita obtida com os embarques foi de US$ 386,05 milhões nos 13 dias de setembro, com uma média diária de 6,84% acima da obtida no mesmo mês do ano passado.