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Os preços abriram a semana como de costume, com grande pressão da indústria que, neste momento, avaliando as incertezas no mercado!
O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais baixos nesta segunda-feira, 12, com indústria avaliando as incertezas do mercado, como de costume na abertura da semana. Os pecuaristas também travam as vendas no mercado e, com isso, acabam reduzindo a fluidez das negociações no mercado.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos iniciaram a semana exercendo pressão sobre os pecuaristas, considerando uma posição mais confortável em suas escalas de abate. “Mas o volume de animais ofertados não é significativo neste momento, o que limita a capacidade dos frigoríficos de conseguir preços mais baixos”, disse.
O aumento da oferta de bovinos de primeiro giro de confinamento, somado às escalas de abate relativamente confortáveis, manteve os preços estáveis nesta segunda-feira, frente a última quinta-feira (8/7) pré-feriado nas praças paulistas.
Assim, o boi, vaca e novilha gordos estão cotados, respectivamente, em R$315,00/@, R$294,00/@ e R$310,00/@, preços brutos e a prazo. Para bovinos que atendem o mercado externo, a depender do lote e distância, os negócios chegam até R$320,00/@, preço bruto e à vista, apontou a Scot Consultoria.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 310,02/@, na segunda-feira (12/07), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 304,31/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 308,37/@.
Segundo as informações, o Indicador do Cepea voltou a apresentar desvalorização, mesmo que leve, com uma variação de -0,35% e, com isso, acabou ficando cotado a R$ 319,15/@ na abertura desta semana.
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Na B3, o contrato de outubro/21 fechou o dia cotado a R$ 327,50, obtendo valorização de 0,88%. No mercado atacadista de carne bovina, os preços se mantiveram nominais com poucas variações, portanto, a carcaça casada bovina permanece em R$ 19,60/kg.
Exportações
De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nas duas primeiras semanas de julho foram exportadas 52,99 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada. A média diária embarcada ficou em 7,57 mil toneladas, ficando 13,3% acima do registrado em junho e 2,9% acima de julho de 2020.
Mercado
A oferta restrita de boi gordo no mercado físico juntamente com a recuperação da moeda norte-americana para os níveis de R$ 5,25, esse último fator pode trazer oportunidades para a indústria exportadora ir ao mercado com maior apetite.
De acordo com USDA, a China seguirá absorvendo bons volumes de proteína animal em 2021, com um potencial de mudança mais significativo em 2022.
Para Iglesias, a ausência de informações concretas acerca da China gera toda sorte de especulações no mercado internacional. “A recente ação do governo chinês de recompor seus estoques públicos estancou o movimento de queda no seu mercado doméstico”, assinalou Iglesias.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 317 na modalidade à prazo, ante R$ 317 na sexta-feira.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305, estável.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 309, ante R$ 311.
- Em Cuiabá, a arroba foi negociada a R$ 307 – R$ 308, contra R$ 309.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 311 a arroba, contra R$ 31G a arroba.
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Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. “O ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes no curto prazo, avaliando a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês”, assinalou Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 21,05 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.