Alerta: Depois da soja, seca ameaça safra de cana brasileira

Chuvas fracas em março, abril e maio devem prejudicar a qualidade da cana que as usinas colherão no segundo semestre, segundo o presidente da Datagro; O impacto da seca na colheita pode ter implicações amplas para a disponibilidade e os preços do açúcar globalmente.

Relatórios recentes da Bloomberg destacaram preocupações com a safra de cana-de-açúcar no Brasil, que deve ser menor do que o esperado para a próxima temporada devido às condições de tempo seco. Essa situação representa uma ameaça não apenas para a produção brasileira de cana-de-açúcar, mas também para o fornecimento global de açúcar, considerando o papel do Brasil como um jogador significativo no mercado de açúcar. O impacto da seca na colheita pode ter implicações amplas para a disponibilidade e os preços do açúcar globalmente.

A expectativa é que a safra de safra de cana do Brasil seja inferior ao previsto para o próximo mês, em razão das condições de seca que ameaçam a produtividade dos campos. Plinio Nastari, presidente da Datagro, mencionou que precipitações insuficientes nos meses de março, abril e maio podem comprometer a qualidade da cana colhida pelas usinas na segunda metade do ano. Ele acrescentou que a seca no começo do ano levou as usinas a postergarem o início da safra por algumas semanas.

Ulysses Carvalho, trader sênior da Sucden, observou que, embora a produtividade inicial dos canaviais possa ser promissora, espera-se uma queda significativa posteriormente. Segundo ele, as áreas mais impactadas foram colhidas no final de 2023 e necessitam de água imediatamente para se recuperarem. Este fato é alarmante para o mercado de açúcar não refinado, especialmente agora que o Brasil expandiu sua fatia nas exportações globais, suplementando as restrições indianas, o segundo maior produtor. Carvalho avaliou que, no último ano, o Brasil contribuiu com 75% do açúcar não refinado negociado mundialmente.

Ricardo Alves, trader sênior da Raízen, indicou que o Brasil terá menos açúcar para exportação a partir de outubro, um momento crítico para o mercado, pois uma safra fraca na Índia poderia exacerbar o déficit de oferta global.

Análises de nove tradings e especialistas, reunidas pela Bloomberg, projetam uma safra de cana brasileira aproximada de 41 milhões de toneladas na região Centro-Sul, uma redução de 3% em comparação ao ano passado.

A estimativa da Wilmar International, que se desvia do consenso, sugere que a produção brasileira poderia variar entre 42,5 milhões e 44,5 milhões de toneladas. A companhia também causou surpresa ao realizar uma das maiores vendas de açúcar para liquidação do contrato futuro de março.

Guilherme Correia, trader da Louis Dreyfus, comentou que, apesar de a cana estar sendo menos utilizada para a produção de etanol, mitigando o impacto na disponibilidade de açúcar, os riscos climáticos podem levar a novas revisões para baixo nas estimativas de safra.

“Qualquer evento no Brasil terá repercussões nos preços em Nova York, já que não antecipamos que outra origem possa atender à demanda global”, afirmou Correia.

Compre Rural com informações da ©2024 Bloomberg L.P.

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