Variação é em relação a 4º trimestre de 2021. Setor registrou queda contra igual período do ano passado, puxado por safra de soja, arroz, fumo e mandidoca
A agropecuária registrou queda de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano, em relação aos últimos três meses de 2021, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (2).
O setor foi o único a recuar no período dentre as atividades calculadas pelo órgão, como serviços, que teve alta de 1%, e a indústria, que ficou estável (0,1%). No total, o PIB cresceu 1%.
Em relação ao 1º trimestre de 2021, o agro teve forte queda de 8%, puxada, principalmente, por menores produções de soja e arroz no período em função da seca no final de 2021.
Por outro lado, o Brasil tem suprimento desses grãos para atender ao consumo interno e às exportações, segundo dados da safra 2021/22 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estatal que gere políticas de alimentos no Brasil.
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Alguns produtos agrícolas, cujas safras são significativas no primeiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade:
- soja (-12,2%);
- arroz (-8,5%);
- fumo (-7,3%);
- mandioca (-2,7%).
“Temos várias culturas com estimativa de queda na produção anual, sobretudo da soja e do arroz por causa da estiagem registrada no ano passado, no momento de desenvolvimento dessas culturas”, explicou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Já o milho, que também tem safra relevante no trimestre, apontou ganho de produtividade e crescimento na produção anual, estimado em 27,5%.
A estimativa da pecuária, por sua vez, demonstrou bom desempenho no decorrer do primeiro trimestre do ano, com destaque para os bovinos.
Suprimento de soja e arroz
Apesar da queda no 1º trimestre, o Brasil tem suprimento para atender a demanda interna e externa de soja e arroz na safra 2021/22, segundo a Conab.
Somando o estoque, colheita e importação de soja, há uma provisão de 130,9 milhões de toneladas para um consumo interno e exportação de 127,3 milhões de toneladas.
Já para o arroz, são 14,2 milhões de toneladas de oferta para uma demanda de 12,1 milhões.
Fonte: G1