
Autor da proposta, deputado Helder Salomão (PT-ES), diz que objetivo é evitar sobrecarga econômica a essa parcela da população, destimulando o êxodo rural.
O projeto de lei 344/20, do deputado Helder Salomão (PT-ES), pretende isentar agricultores familiares e empreendedores familiares rurais da cobrança pelo uso da água, desde que utilizada de maneira racional, conforme regras a serem definidas posteriormente pelo governo federal. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.
Segundo o parlamentar, o objetivo é evitar uma sobrecarga econômica a essa parcela da população, desestimulando o êxodo rural. “A proposta permitirá que a agricultura familiar continue produzindo alimentos e gerando renda para milhões de famílias brasileiras”, acredita Salomão.
A proposta beneficia apenas os agricultores enquadrados pela lei 11.326/06, que estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar. Isso significa que será isento o agricultor que não detenha área maior do que quatro módulos fiscais, utilize predominantemente mão-de-obra familiar, tenha percentual mínimo da renda familiar originada das atividades de seu estabelecimento e dirija seu empreendimento com sua família.
O texto também altera a Lei de Gestão de Recursos Hídricos, que prevê a cobrança pelo uso da água, reconhecida como bem econômico que deve ser utilizado racionalmente.
- Javali gigante com mais de 300 kg e cerca de 2,2 metros é abatido; veja onde
- Brasil se torna Centro de Competência Global da Bosch para pesquisa, desenvolvimento e manufatura de tecnologias para o agronegócio
- ‘Recuperação judicial no agro virou indústria que enriquece advogados’, diz Santander
- Castrolanda estuda a diversificação de cinco novas culturas
- Mapa barra entrada de besouro em favo de mel trazido por passageiro da Bielorrússia em Guarulhos
Helder Salomão acredita, no entanto, que a lei abre a possibilidade para cobrança pelo uso das águas em pequenas propriedades de agricultores, “que na maioria das vezes ocorre com racionalidade e com fins produtivos, sem desperdícios”.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara