Apesar de Moscou ter saído do acordo mediado pela ONU, mais de 350 mil toneladas de grãos deixaram o território ucraniano nesta segunda-feira.
As Nações Unidas e a Turquia afirmaram nesta segunda-feira, 31, que vão defender a continuação de exportações de alimentos da Ucrânia, apesar da Rússia ter anunciado sua retirada de um acordo para o escoamento de grãos da região. A decisão de Moscou aumentou as preocupações de nações em emergência alimentar, que dependem da produção ucraniana para abastecimento.
“Navios de carga civis nunca podem ser alvos militares ou reféns. A comida deve fluir”, disse o funcionário das Nações Unidas que coordena o programa, Amir Abdullah.
A Rússia alertou nesta segunda-feira, 31, que seria perigoso para a Ucrânia continuar suas exportações.
“Em condições em que a Rússia está falando sobre a impossibilidade de garantir a segurança do transporte nessas áreas, tal acordo é dificilmente viável e assume um caráter diferente – muito mais arriscado, perigoso e inseguro”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Moscou desistiu do acordo no sábado 29, após afirmar que um drone ucraniano atacou sua frota naval na Crimeia. Apesar da decisão russa, navios cargueiros partiram com 354.500 toneladas de grãos, o maior número de despachos em um dia desde o início do programa em agosto.
A Ucrânia não reivindicou o ataque à base da Criméia da Frota do Mar Negro da Rússia, mas diz que a marinha russa é um alvo militar legítimo.
A Turquia havia ajudado a intermediar o acordo e permanece comprometida a continuar o que havia sido estabelecido.
“Mesmo que a Rússia se comporte com hesitação porque não recebeu os mesmos benefícios, continuaremos decididamente nossos esforços para servir a humanidade”, disse o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
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O ministro da Defesa da Turquia, Hulusi Akar, disse ao ministro de Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, na segunda-feira que a Rússia deveria reavaliar a suspensão de sua participação no acordo.
Em um telefonema, Akar disse a Shoigu que era extremamente importante que o acordo de grãos continuasse e acrescentou que ele deveria ocorrer separadamente do conflito na Ucrânia.
Fonte: Veja
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